Volta da alta de juros. Será?

Vocês já ouviram falar na Lei de Diretrizes Orçamentárias? Ela determina que o Executivo deve seguir o orçamento conforme o aprovado pelo Legislativo, de acordo com o parágrafo 2º do art. 165 da Constituição Federal.

O problema é que as premissas para os orçamentos de 2009 e 2010 estão completamente fora da realidade da crise mundial, considerando uma arrecadação e uma taxa Selic acima do que o cenário atual mostra. No blog da Miriam Leitão, tem um
post enviado por Leonardo Zanelli que faz uma análise bastante interessante sobre o assunto, baseado no relatório da Anefac. O governo não dá a menor pinta de que vai diminuir os gastos públicos. O congresso, ensimesmado em sua profusão de escândalos, não discute uma solução cabível para o momento tão crítico. Aliás, em assuntos de grande importância nacional, esse congresso é imprestável. A arrecadação já sofreu duros golpes, o que restaria seria aumentar a carga tributária e os juros, na tentativa de aumentar a atratividade dos títulos públicos. Essa medida contraria a tendência do Banco Central de reduzir juros e fomentar a oferta de crédito para a produção.

O aumento da taxa básica de juros, ao mesmo tempo que estimula o apetite por títulos públicos, incrementa as taxas do spread bancário, o que é inversamente proporcional à disposição de se tormar dinheiro no mercado pelos investidores em produção e geração de emprego. Enquanto isso, o congresso esta mais interessado em se esquivar das denúncias.

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