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Mostrando postagens de 2017

A Fila e a Oportunidade

Hora do almoço, fila do restaurante Verde Vício, no centro do Rio. Lugar de comida saudável e preços condizentes com a proposta do local. Gente descolada e inteligentinhos frequentam – e tem também quem quer se alimentar direito. Tem fila. E a fila é aquilo: o lugar perfeito para um pequeno teste de mau-caratismo. É batata (não o legume), sempre há quem fura a fila. Arco-reflexo, naturalizado, instintivo. Eu vou além: genético. E me refiro às genérica de nossa formação socia l, dos pesos e dos valores que abraçamos ou abdicamos para alcançar sucesso ou riqueza. Parece bobagem. O que tem demais uma furada de fila inofensiva? A resposta pode estar no censo do oportunidade. Assim como roubar bilhões dos cofres públicos, furar fila é oportunidade. Nós exigimos dos políticos uma ortodoxia que não temos no cotidiano. Discordam? Então o que dizer da quantidade enorme das notórias falsificações de carteiras de estudante para pagar meia entrada? Dos roubos e receptação de mercadorias? Ou e

Todos os Junhos do Ano

J unho. Mês das festas juninas, mês do meu aniversário e mês dos namorados. Ou melhor, por causa do dia 12, os namorados entram na pauta e na agenda comercial. Datas assim sempre servem para as manifestações sobre o tema. Sempre alguém falará que o dia dos namorados é mais uma desculpa para o consumo exacerbado, lucro para os restaurantes e filas nos motéis, que dia nos namorados é todo dia. Tem também os que fogem da data, por – mais uma vez -  estarem sem um par para passar a data. Há quem se divirta e curta à beça o dia. Porém, raramente refletimos sobre o tipo de namoro que queremos ter. Há muita gente reclamando que não arruma namorado. As mulheres atribuem à falta de homem que preste. Os homens, bem... Muitos me deixam envergonhado pelo seu comportamento infantil. Outros estão completamente perdidos com a mulher contemporânea que não precisa dele, mas que gostariam sim da companhia de alguém que entendesse a mulher de forma mais ampla e profunda. Não é fácil viver e conviver

Brasil: Financiamentos versus Credibilidade

Num cenário como o atual, qual o nível de confiança que as instituições multilaterais de fomento têm nas gestões públicas? Qual a exposição ao risco que estas instituições estão dispostas a se submeterem? O momento é de mostrar que as gestões têm planos sólidos para o futuro, que seus projetos são bem fundamentados, bem orçados e – talvez o mais importante – que não estarão ao sabor das correntes políticas de resultados eleitorais futuros. Provavelmente, a concessão de novos financiamentos vai depender do nível de maturidade, responsabilidade e visão de futuro dos titulares dos respetivos cargos dos executivos subnacionais. Na crise, o dinheiro não fica disponível e quem o tem é muito mais criterioso para disponibiliza-lo. Capta mais, quem mostra e executa mais e melhor. - Alexon Fernandes