A Rainha do Pobrismo
Ela está de volta. Regina Casé, a artista mais chapa-branca desse país, votará a ter espaço no Fantástico, da rede Globo. Em seguidos programas, a senhora Casé tem insistido na apologia ao pobrismo, ao vulgar, ao chulo. Seus quadros são repletos da exaltação do ruim. Aliás, quanto pior, melhor. Regina Casé é chapa-branca porque isso interessa (e muito) ao governo atual. E ela faz a coisa com maestria.
Regina Casé sempre foi a atriz do escracho. Minha primeira lembrança dela em ação é uma cena bizarra no filme “Os Sete Gatinhos” (de Neville de Almeida, 1980), baseado na obra de Nelson Rodrigues, em que sua personagem Arlete, ao ser perseguida pelo deputado (interpretado por Maurício do Valle), corria nua em torno de uma piscina gritando coisas impublicáveis aqui no ZAD.
A vida seguiu e Casé se tornou especialista em caricaturas. Às vezes isso é engraçadinho. Mas do jeito que ela fez disso um meio de vida me assusta. Tudo bem, que a informação e a alguns setores da arte devem ser acessíveis. Mas esse acesso de contribuir para que as pessoas se eduquem. Essa é a função da arte, o engrandecimento do homem. Contudo, Regina Casé tem usado toda essa acessibilidade para manter o povo onde está. Preocupante, não?
É notório que o presidente da república adora se gabar de não ter precisado estudar para chegar onde chegou. Isso incita muita gente a acreditar que ser medíocre é uma alternativa viável para galgar altas posições. Os meios de comunicação de massa e seus utilizadores deveriam mostrar justamente o contrário, incentivando as iniciativas de melhoria de vida e de absorção de conhecimento. O pobrismo é defendido pela atriz-apresentadora em uma de suas mais sorrateiras maneiras, o humor. Tudo muito divertido, muito leve, mas que no fundo disfarça uma tentativa de manter as coisas como elas estão. Regina é divertida, inegável. Ela capta rapidamente a linguagem das ruas e sabe como pouco sumir com a timidez de seus interlocutores. Só que usa isso para manter o povão anestesiado, ao colocá-lo no horário nobre.
Nos últimos anos temos visto uma insistente atividade para manter baixar o nível das coisas no Brasil. Seja através de cotas, seja através de bolsa-família, o negócio é atrofiar a capacidade de evolução intelectual. Não se estimula o crescimento pessoal, mas sim a dependência. Regina Casé é instrumento de manutenção do sistema. Ninguém me provou o contrário ainda.
Regina Casé sempre foi a atriz do escracho. Minha primeira lembrança dela em ação é uma cena bizarra no filme “Os Sete Gatinhos” (de Neville de Almeida, 1980), baseado na obra de Nelson Rodrigues, em que sua personagem Arlete, ao ser perseguida pelo deputado (interpretado por Maurício do Valle), corria nua em torno de uma piscina gritando coisas impublicáveis aqui no ZAD.
A vida seguiu e Casé se tornou especialista em caricaturas. Às vezes isso é engraçadinho. Mas do jeito que ela fez disso um meio de vida me assusta. Tudo bem, que a informação e a alguns setores da arte devem ser acessíveis. Mas esse acesso de contribuir para que as pessoas se eduquem. Essa é a função da arte, o engrandecimento do homem. Contudo, Regina Casé tem usado toda essa acessibilidade para manter o povo onde está. Preocupante, não?
É notório que o presidente da república adora se gabar de não ter precisado estudar para chegar onde chegou. Isso incita muita gente a acreditar que ser medíocre é uma alternativa viável para galgar altas posições. Os meios de comunicação de massa e seus utilizadores deveriam mostrar justamente o contrário, incentivando as iniciativas de melhoria de vida e de absorção de conhecimento. O pobrismo é defendido pela atriz-apresentadora em uma de suas mais sorrateiras maneiras, o humor. Tudo muito divertido, muito leve, mas que no fundo disfarça uma tentativa de manter as coisas como elas estão. Regina é divertida, inegável. Ela capta rapidamente a linguagem das ruas e sabe como pouco sumir com a timidez de seus interlocutores. Só que usa isso para manter o povão anestesiado, ao colocá-lo no horário nobre.
Nos últimos anos temos visto uma insistente atividade para manter baixar o nível das coisas no Brasil. Seja através de cotas, seja através de bolsa-família, o negócio é atrofiar a capacidade de evolução intelectual. Não se estimula o crescimento pessoal, mas sim a dependência. Regina Casé é instrumento de manutenção do sistema. Ninguém me provou o contrário ainda.
Quando penso em Regina Casé e vejo a sua figura portenta e bisonha, logo lembro de outra figura que não seria ninguém se não possuísse o sobrenome que tem: Preta Gil.
ResponderExcluirA Rede Globo possui esta capacidade de anestesiar a inteligência de uns e de subestimar a inteligência de outros. A falta de verossimilhança deles é algo oceânico.