Produto Vencido: Suzana Vieira

Com certa defasagem temporal, assisti ao constrangimento pela qual a atriz Suzana Vieira fez passa a apresentadora Geovanna Tominaga, no programa Video Show, da TV Globo. Vieira, que participaria do programa de Renato Aragão, parecia fora de si ao implorar por trabalho na emissora, tomou o microfone da apresentadora disse “não ter paciência com quem está começando” e monopolizou a conversa com o humorista. Tominaga ficou nitidamente constrangida, mas manteve a pose, apesar de Vieira merecer uns tabefes.

Suzana Vieira é a versão feminina e aloprada do tio Sukita. Inconveniente em seus comentários, sempre tenta justificar a besteira anterior com uma nova besteira. O envolvimento dela com um ex-PM, segurança de escola de samba e aproveitador de velhinhas não a fez calar a matraca. A sua entrevista antológica (no mau sentido, é claro) a Veja é um dos momentos mais ridículos da empresa brasileira. Além de expor sua vida íntima como o brutamontes, teve a coragem de se comparar a Pelé e Fernanda Montenegro. Ali ficou claro que seu lugar deveria ser num sanatório, submetida a remédios com tarja preta.

Esta senhora é a caricatura de um sinal de nossos tempos, a seguir: o medo da velhice, do esquecimento e da solidão. Suzana não sabe envelhecer, vive dizendo a idade, mas se comporta como uma adolescente malcriada e mimada. Escancara as portas e janelas dos quartos de sua vida para o julgamento público. A impressão que me dá quando ouço as pessoas elogiando Suzana Vieira é a mesma da máxima “não contraria que é maluca”.

Esse medo deixa Vieira ridícula, pois ela confunde jovialidade com juventude. Não controla seus impulsos de grosserias e humilha pessoas em público. Ela parece um produto com prazo de validade perto do fim. Talvez seja o momento de colocá-la na geladeira.

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