Deproma

Ontem, em decisão do STF, foi derrubada a exigência de diploma para o exercício do jornalismo. O parecer da maior instância do judiciário abre uma discussão. Afinal, o que garante a credibilidade e relevância de uma informação? Um diploma? O portador da informação? Ou quem busca e disponibiliza a informação?

Um bom caso é o Diogo Mainardi. Ele não é jornalista diplomado, mas nos últimos anos foi um dos profissionais que mais informações importantes trouxeram ao país. Por exemplo, um dos primeiros ventos de que tinha algo de podre no reino da Petrobras sopraram na coluna de Mainardi, na revista Veja. Isso é jornalismo.

A posição do STF é antes de tudo moderna. Os canais de informação são variados, sites, blogs, canais de televisão alternativos. A notícia é segmentada, pode ser profunda ou rasa, relevante ou não. Seu um busca saber da política ou da economia, vai ter outro querendo saber do último escândalo da Britney Spears. Muitos blogs excelentes tem seu conteúdo abastecido por gente que nunca sentou nos banco das faculdades de Jornalismo. Ao mesmo tempo, há um contingente de jornalistas diplomados dizendo e escrevendo um caminhão de asneiras. Aliás, como tem reportagem mal redigida por aí.

A pose ginecológica da Mulher Melancia na primeira página é jornalismo? Certamente, quem colocou aquilo lá tem diploma. O que faz concluir obviamente que diploma não é garantia de qualidade. Erros jornalísticos são esquecidos rapidamente. Jornalista nunca vai a minha cabeça para operar meu cérebro, ou me transplantar um coração. Jornalista não projeta nem pilota aeronaves, nem constrói pontes ou prédios. Graças a Deus! Sendo assim, não estou nem aí se quem me forneceu a notícia tem diploma. O que interessa é a qualidade dessa notícia.

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