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Mostrando postagens de 2014

Dia da Consciência Negra: Quem é o seu herói?

Dia 20 de novembro: Dia da Consciência Negra.  Herói: Zumbi dos Palmares.  Herói?  Zumbi pode ter sido um marco, mas não pode nos definir. Não considero Zumbi um herói. O famoso (e/ou suposto) mártir fugiu para viver escondido, à margem, numa comunidade muito peculiar. Sim, naquela época só lhe restava fugir. Sim, naquela época só lhe restava viver à margem. Sim... Naquela época.  Mas não estamos mais naquele momento da história. Quem são nossos heróis, ou quem deveria ser? Zumbi, em tese, queria a (sua) liberdade. Hoje os negros são livres, mas vimos que ser livre somente não basta. É preciso ascender numa sociedade que insiste em ver os negros como menores ou incapazes de seguirem suas vidas sem o amparo institucional.  No Dia da Consciência Negra, o escravo fujão Zumbi é festejado com exclusividade, em detrimento da memória à homens negros que ascenderam socialmente sob um pressuposto europeu. Gente como Machado de Assis, Lima Barreto, José do Patrocínio, André Reb

Dia da Gentileza

A gentiliza agora tem um dia. 13 de novembro: O Dia da Gentileza. Os dias especiais são referências a algo que precisa ser memorado ou comemorado. Mas a gentileza precisa disso? Temos que lembrar da gentileza, sei lá, como algo inalcançável, tal qual a confraternização uninersal (1º de janeiro)? Ou algo que muitos são resistentes em fazer, tal qual o Dia do Perdão do calendário hebraico? Gentileza é diferente. É mais que uma questão de educação formal, é mais que “as damas primeiro” ou “bons dias, tardes e noites”. Não é um código social. Códigos são quebrados e mudados com o passar do tempo. A gentileza é um modo de viver, que se aprende desde cedo. Gentileza se pratica no público e, principalmente no privado. É coisa de dois, eu e você. É ouvir com atenção, considerar o que foi dito, até discordar, mas contra-argumentar com respeito. Respeito... Está aí, gentileza é respeito próximo, lembrando que ele também é alguém com sentimentos, expectativas, decepções e desejos. Sa

Falsos Poderes.

Sinto certa revolta com certos setores da nossa sociedade, que creditam aos políticos a solução dos nossos problemas. Parece que somos um bando de crianças indefesas, burras, que não conseguem sequer decidir o que vestir para ir ao trabalho. Uma expressão latente disso é uma frase do ator Wagner Moura: "Precisamos de alguém que cuide da gente." Engano seu, senhor Wagner Moura!  Precisamos sim de gente nos respeite enquanto cidadãos, pagadores de impostos e principalmente como semelhantes merecedores de tratamento digno e respeitoso daqueles que se propõem a entrarem para a vida política formal.  A política é apenas um instrumento de mudanças, contudo, não é o principal. Falta-nos a consciência de que cada um de nós é agente de mudança. Não precisamos dos políticos como signatários deste poder, por mais que eles (e suas celebridades de plantão) tentem nos convencer do contrário.  Reclamamos do desempenho dos políticos. Temos acesso à informação e o que fazemos

A pior parte do corpo é o umbigo.

Eis que entra no ar a famigerada série “O sexo e as Negas”, de Miguel Falabella, exibida pela TV Globo. Uma das mais descaradas, cretinas e repulsivas caracterizações da mulher negra na televisão brasileira. Quiçá a pior de todas. Quatro mulheres negras que simplesmente resolvem seus problemas com... sexo. Descartando a disfarçada apologia às drogas e ao tráfico (através dos funks “proibidões” na trilha sonora), o que se vê é um esculacho da figura da mulher negra comum (leia-se classes mais pobres, moradora de bairros tão pobres quanto). Vindo de Falabella, nada me surpreende. Ele é dado ao escracho, uma espécie de escracho-chique, uma linguagem com tom mais alto, geralmente interpretada por atores brancos, com linguagem popular, misturando termos da norma culta com erros (propositais) de concordância, geralmente depreciando o pobre, o preto, o aleijado, o gordo, o feio e o gay com baixo poder aquisitivo (a bicha pobre). Nunca o biótipo de quem interpreta a esquete, o alvo é semp

Dias Contados

Teus dias estão contados Cada um deles Conto os dias que não lembro de ti E os dias que não lembro que lembrei de ti Conto cada dia, quase mania Coisa regrada, feito tabuada Vezes um, vezes dois, vezes três... Os dias em que sol fez Os dias em que choveu De contar dias vivo eu Essa é minha sentença Centenas, dezenas, unidades Já são de dias milhares Mas se chegar o dia em que eu pare E num milagres tu voltares... Esquecerei das contas que fiz Só lembrarei do bem que te quis (Alexon Fernandes, em Retratos Escritos -  blogretratosescritos.blogspot.com.br)

Tem de tudo.

Tem bem que dói que nem maldade, Tem mal que é doce que nem bondade, Tem paixão que não deixa saudade, E raiva que só fica na vontade.  Tem feiura que é verdade,  Tem beleza que é pura falsidade, Tem caridade que é vaidade, E vergonha que se perde com a idade.  Tem paz que é coisa covarde, Tem "não" que é liberdade, E amor que chega tarde. (Alexon Fernandes)

O PT e a Síndrome de Adão.

"Quando Eva viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se. Ouvindo Adão e Eva os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou Adão, perguntando: 'Onde está você?' E ele respondeu: 'Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi'. E Deus perguntou: 'Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer?' Disse o homem: 'Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi'. (Livro do Gênesis 3:6-12) O relato acima conta o episódio da queda do homem. Entendamo

Uma reflexão sobre ontem (o Dia dos Pais)

Uma reflexão sobre ontem: Vimos nas redes sociais, por ocasião do dia dos pais, uma série de fotos (antigas e novas), sempre acompanhadas de textos carinhosos, agradecido e até mesmo saudosos sobre nossos pais e avôs.  Isso é bonito, é belo e (espero) sincero.  Mas aí fica um ponto a se pensar. Somos, em grande parte, resultado de exemplos que tivemos de nossos pai e de nossas famílias. Pelo que li aqui, foram bons exemplos de amor, de respeito, trabalho, caráteres e amor ao próximo. Será que estamos não só seguindo estes exemplos, mas também replicando-os?  Não basta saber o que em tese é o certo e bom. É preciso praticar de forma efetiva, intensa e, em muitos casos, até cansativa. Já que nossos pais foram e são tão bons, o que estamos fazendo de fato para que esse tão modelo perdure? O que eu e você preservamos em nossos relacionamentos diários para que todas as coisas boas que nos foram ensinadas e doadas sejam perpetuadas? Se não agimos assim, eis uma encruzilh

A mesa dos escarnecedores.

Sobre a ida de Dilma à inauguração do templo de Salomão (a mais recente demonstração de megalomania de Edir Macedo) e uma eventual surpresa quanto à aproximação do partido da esquerda da seita neo-pentecostal, O PT nunca foi um partido diferente dos outros. Ele simplesmente emulou ser, até chegar ao poder. Quando chegou, mostrou sua verdadeira face. Seus líderes são tão gananciosos quanto os de ou tros partidos (ou até mais), sua sede de poder a todo custo é insaciável e suas alianças para isso são as mais improváveis. Macedo, Malafaia, ou qualquer outro líder neo-pentecostal tem um discurso muito parecido, no campo da fé, ao discurso do PT no campo da política. Poucos reparam isso, mas eles são iguais em seus anelos. Enquanto os pastores neo-pentecostais pregam que deve-se "tomar posse" das bênçãos divinas, o partido da estrela vermelha quer tomar posse do poder estatal. Ambos discursos são antropocêntricos e imediatistas. Duas característica do mundo pós-moderno. O que esto

Fale Viva Seja

Fale do amor De como ele move e evolve De seu poder, você vai saber  Viva o amor Sem receios nem reservas Pois o amor nos leva  Para lugares mais altos  E mesmo se cairmos  Será de amor.  E se doer, quase dor de morrer Não morra de amor!  Mas dele sobreviva, por favor.  Para o amor de novo nascer. (Alexon Fernandes)

, amor...

Em meio a toda dor De todos os modos Venha do jeito que for É preciso, amor Depois de tanto correr De tanto procurar  E não saber É buscado, amor De tanto desencontros Num mundo de espantos Planos e desenganos  É agora, amor Não temos tempo  Temos tanto tempo  O muito e o pouco  É você, amor Que eu preciso  Que eu reviso  Eu não desisto De você, amor  (Alexon Fernandes) http://blogretratosescritos.blogspot.com.br/

Tardes

Aquelas tardes Mornas tardes... Em que te via E esperava antes cada segundo E me preparava como se o mundo Acontecesse à tarde Aquelas tardes Felizes tardes... Em que te dizia E fazia meus projetos Rasgava os decretos E criava nosso mundo numa tarde. Aquelas tardes Azuis tardes... Em que te beijava E mostrava o meu amor Que em seu fulgor era o sol Dos meus dias que nasciam à tarde. (Alexon Fernandes, blog Retratos Escritos, blogretratosescritos.blogspot.com.br)

Que o amor...

Que o amor nos encontre Que eles nos faça de casa Que ele nos dê asas Que o amor nos confronte Que nos tire do lugar Que nos faça mudar  Que o amor nos mostre  Que uma receita não há Que no final, ele (o amor) é o que vai ficar.  (Alexon Fernandes) http://blogretratosescritos.blogspot.com.br/

Beleza em movimentos.

A beleza também vive nos movimentos. Isso. Quem nunca achou a beleza nos movimentos de alguém? No andar, no gesticular, ou em tantos pequenos trejeitos que nos encantam e nunca mais saem da nossa memória.  Como se o movimento eternizasse aquela pessoa. E, dependendo do nível de convivência, essa beleza se expressa nos momentos mais inusitados. É o jeito de folhear as páginas de um livro, de escolher as roupas no armário, ou até de dirigir o carro.  Eu lembro de como era bela a rotina da hora de almoçar de alguém que viveu muito íntima a mim. Como ela carregava a bandeja, como manuseava talheres e decidia o que comeria primeiro. A minha comida esfriava por causa do meu namoro aos movimentos dela.  A beleza se eterniza em movimentos? Pode ser... O encantamento e a admiração se expressam até em movimentos. Até porque os movimentos, em tese, são expontâneos e por isso são a genuínos.  É isso que nos amarra a alguém. O que ela é por si só. (Alexon Fernandes)

Talvez

Talvez fora de hora Talvez tenhamos que ir embora Talvez não seja agora  Talvez mundo afora  Talvez mais uma vez Talvez nada do que crês  Talvez tudo o que vês  Talvez o que de nós se fez Talvez envelheça Talvez de tanto talvez pereça Talvez cresça Talvez nunca se esqueça (Alexon Fernandes)

Não teve Copa.

A derrota de hoje é do futebol brasileiro em todas as instâncias. Das escolinhas aos gabinetes da CBF, não há mais o que esconder. A Seleção Brasileira é o que temos de melhor. O problema é que nosso melhor não é o suficiente. Nossos campeonatos são um fiasco, nossa base é negociada ou "queimada" prematuramente, nossos times são de estruturas caricatas.  Apontar culpados é perder tempo. O futebol  brasileiro precisa começar de novo. Baixar a crista e entender que outras escolas têm a nos ensinar, principalmente no planejamento de longo prazo, na estrutura dos clubes e na organização e qualidade dos campeonatos.  A Alemanha jogou o seu jogo. Honrou seu adversário e se apresentou de forma grandiosa. Nos apequenamos e temos que nos tornar grande novamente. O Brasil não foi Brasil. Ou talvez tenha sido mais Brasil que nunca. Parabéns, Seleção Alemã. Seu futebol é um dos mais vistosos e eficientes jamais vistos.   Não teve Copa. Não para o Brasil.

Vento e Folha

Num tempo de vento A fugaz folha voa Quase morta em torta Trajetória, transitória  Qual sem memória Momento nada atento O som que soa  De ar que assobia  Fôlego que se esvaía Alma quase vazia  E da folha vôo alento A alegoria ecoa  Descubro-me rebento De uma paz que não se via Agora dela m'alma sacia 

Deixa Chorar.

Sobre o choro dos jogadores da Seleção Brasileira eu pergunto: Qual o problema de marmanjos milionários chorarem? Não seriam tão humanos quanto eu e você? Estariam eles numa casta superior, que os imuniza do choro ou de qualquer emoção oriunda de uma situação de pressão?  Nenhum de nós jogou uma Copa do Mundo. Ainda mais dentro de nosso país, em estádios gigantescos, num momento político delicado e com uma organização tão criticada. E, com todo prestígio que desfrutam, os jogadores da Canarinho são um dos poucos pontos vistos com bons olhos. Qualquer um de nós nesta situação sentiria o peso. Há 10 anos, a maioria deles era de meninos pobres e desconhecidos. Hoje são estrelas mundiais representando um país. Mais que a pátria de chuteiras, eles são as chuteiras de uma pátria inteira.  Choraram (você choraria), mas ganharam o jogo (você ganharia?). Da mesma forma que o corpo se machuca com as pancadas dos adversários, a alma sente as pancadas psicológicas. Do mesmo jeito que orto

Alguns Amores

Alguns amores resistem demais.  E mesmo sem paz, perduram, insistem.  E abusam da nossa razão. Alguns amores são teimosos.  Contraventores das leis naturais. Que desafiam os dogmas morais e sociais.  Alguns amores são vigorosos.  Cheios de fúria e gula.  Deixam odores, cores e sabores únicos.  Alguns amores nos acompanham como sombras.  Rodeiam ao mudarem a luz e o ângulo.  E refletem o que somos de várias maneiras. Alguns amores são perenes Como que vindos de outros planos de vida.  Vida... Alguns amores... Os amores da vida. 

Poderes

Se eu pudesse Todos os dias Poemas te daria Flores te compraria Teu mundo coloriria Se eu pudesse Tua casa encheria Com nobres especiarias Teus sonhos realizaria Se pudesse O mundo te daria E se não quisesses este mundo Um só para ti faria.

Temas.

Escreveria muitos poemas E todos os temas seriam você.  Em seu despertar e anoitecer. E sua coisa de me endoidecer.  Escreveria muitos poemas E os temas teriam você.  Nas noites do prazer, Dona do meu querer.  Escreveria muitos poemas E só um tema teriam: você.

Promessas

Não me peças Promessas  Que não cumpririas Noites frias escuras Em que sussurras  Saudades e amarguras  De nossas lembranças  Saudades futuras  Promessas  Do que não terias Porque não poderias Dar nem deixar  Estava acima  Da tua escolhida sina  Promessas  Não me peças

Bela

Hoje eu vi tua beleza. Não que ela não estivesse lá. Mas estava escondida aos meus respeitosos olhos. Hoje vi tua beleza. Quase um susto, uma proibição. Revelação do óbvio. Hoje eu vi tua beleza. Eu tive medo do que senti. Mas tua beleza estava lá. Tenho certeza, eu vi.

Paralela

Sou teu amor da outra vida  que não vives. Que paralela insiste à outra vida em que resides. Onde planejas e filias em planilhas. A vida que vives permite que sejas perfeita, equilibrada, exemplar. Mas que por um par de segundos, te permite escapar. Para lembrar onde estou, na vida imperfeita, imprevisível.  Vizinho do inexplicável e possível  Sou teu amor da outra vida. Daquela que espias por janelas. Não a de tua alma em coma, o nde teus instintos o medo doma.  Pois na vida que presides, sabes tudo o que fazer.  Como vai ser, e até quando nela morrer. 

Vaias

Não podemos vaiar a Dilma. Não podemos. É feio. Papai Lula vai brigar. Temos que mamãe Dilma exaltar. Afinal dindin ela nós dá. Assim como o papai Lula dava já. Não podemos vaiar a Dilma. Ela não pode ouvir, não. Ela tem que achar que está tudo bom Deu-nos o circo E pelo diabo pisado pão. Mas não quer ouvir reclamação. Não podemos vaiar a Dilma A chamada “presidenta” Xingamento não aguenta. Tem medo da pimenta, Que em nossos olhos arde. Mas não podemos fazer alarde. Não podemos vaiar a Dilma. Mas que povo mal educado! Deveria ficar calado, Mesmo tendo flagrado O seu direito roubado.

Dez Anos

Era uma manhã solar e fria em Nova Iorque. O aeroporto JFK estava cheio, pessoas transitando apressadas. Ele e sua mãe esperavam a volta para o Rio de Janeiro, depois de uma curta viagem de férias que ele a dera de presente. Estavam cansados e felizes. Era a primeira vez que ela assistira a um espetáculo da Broadway, passeara pelo Central Park e participara um culto batista numa igreja d o Harlem. Mas, aos 70 anos, eram muitas novidades para uma pacata dona de casa, que conhecia a Big Apple apenas pela tela da TV. Aguardavam na sala de embarque a chamada para o vôo. Alexandre foi buscar um café quente para manter-se acordado e aquecido. Na volta, apreciava a luz do sol que invadia os vitrais. "A luz aqui é diferente e tão bela", pensou. Algo lhe chamou a atenção. Como que atendendo a um chamado silencioso, olhou para o lado esquerdo e não acreditou no que via. Fernanda, andava em passos apresados. Ele levantou rapidamente, largou o copo de café. — Espere aqui, mãe. — disse s

Novas projeções

Sobre o fechamento das salas de cinemas de “rua”, eu tenho uma opinião um tanto divergente da opinião da maioria. Tudo bem que cinema é uma arte e, portanto, tem um apelo emocional grande. Tudo bem também que as antigas salas de cinema abrigaram passagens importantes da vida de muitos. Quantos  primeiros encontros e primeiros beijos não aconteceram num Carioca ou num Odeon da vida? Nessas horas o saudosismo bate forte. Natural... Mas cinema é acima de tudo um negócio me movimenta bilhões (de dólares e de reais). E há muito tempo passou a ser um negócio que movimenta massas. Basta ver a quantidades de pessoas que frequentam os cinemas e os impressionantes números das bilheterias mundo a fora. Logo, é previsível que as salas se transfiram para locais onde a concentração de pessoas seja maior. Shopping-centers são os locais preferidos. E essa relação simbiótica entre compras e lazer parece ser a melhor combinação para ambos os negócios. Nestes locais estão a maioria das coisas que se

Libertas

Liberta-me das correntes Algemas da ignorância,  Da maldade e da arrogância  Liberta-me dos grilhões  das injustas obrigações,  Das sociais imposições.  Liberta-me das chagas urbanas, Dos preconceitos insanos,  Que nos causam tantos danos. Liberta-me da prisão...  Liberta meu povo que veio de longe, Mas que hoje é outro povo,  filho de outros povos.  Liberta os novos e os que virão, Liberta-nos da predestinação.  

Kriptonita

Xuxa se dói toda quando um deputado lembra (de forma truculenta, diga-se) que ela, no filme "Amor, Estranho Amor", contracena com um menino de 12 anos, em que seu personagem seduz e faz sexo com o guri. Numa boa, eu acho que as pessoas podem se arrepender de seus atos. Quem nunca errou atire a primeira pedra? Mas o arrependimento pessoal não é garantia do esquecimento alheio. Xuxa é uma das figu ras mais paradoxais da TV brasileira. Famosa por capas em revistas eróticas, tornou-se a "rainha dos baixinhos", ganhou (não sei de quem) uma espécie de salvo conduto e pensa que as pessoas têm amnésia. A verdade é que ela sempre lançou mão de algumas generosas doses de sensualidade. Ou alguém esqueceu da capa de seu primeiro disco depois que assinou contrato com a Globo? Não concordo com os modos do deputado grosseiro. Mas não dá para achar que em hora alguma alguém vai tocar na ferida. "Amor, Estranho Amor" é a kriptonita de Xuxa. Ontem ela deu de cara com um Lex

Querência

Que você tenha consciência  Dessa minha querência  Culpa sua, só sua Que se veste de nua Nas noites de lua Que me tira a vontade da rua Que traz dependência Que faz carência  Tudo culpa sua... Até que eu a possua  Buscando enganado Que a querência diminua  No fundo conformado  Pois a querência continua

Obrigado, professor Jayme.

Jayme de Almeida. O homem que tirou leite de pedra e conseguiu três feitos improváveis: ganhar uma Copa do Brasil, salvar o clube da degola na Série A e ganhar um Campeonato Carioca. Tudo isso com o infame elenco, que Mano Menezes insinuou possuir dificuldades cognitivas, de tão fraco que era. Esse mesmo senhor, com 40 anos de história no clube é demitido pelos vizinhos, amigos e imprensa. Pois  os dirigentes do Flamengo não tiveram a hombridade de fazer o que deve ser feito em qualquer birosca: conversar e explicar os motivos da demissão. Teria o Flamengo virado uma birosca, ou os ditos bastiões da gestão pensam o gigante da Gávea assim o é? Jayme descascou, fatiou e serviu o abacaxi. Salvou a diretoria do Flamengo de um vexame. É bom lembrar aos carecas da Gávea que existe uma cláusula no contrato com a Adidas que penaliza o Rubro-Negro por vexames vestindo a marca. Profissional discreto e atento, fez-nos testemunhas de como um técnico pode mudar um jogo, um time e um campeonato. Só

Dia das...

Das mães das dores de parto Das mães das dores da partida Das mães da roupa e da comida Das mães que acertam  Das mães que tentando acertar erram  Das mães que sofrem Das mães que choram  Das mães que riem  Das mães que lutam  Das mães que cuidam De filhos que outras mães pariram  Das mães que amam  Os filhos que outras mães não amaram Das mãe que veem crescer  Das mães que veem filho do seu filho nascer Da mães que ensinam Das mães que aprendem Das mães que entendem Das mães que se arrependem Das mães que ainda conosco estão Das mães que se foram mas que nunca nos deixarão

Brasil Mais Burro.

Outra pancada. O Brasil fica em 38º entre os 40 países que fazem o PISA, teste que avalia o nível de aprendizado de alunos com 15 anos de idade.  Façamos uma conta rápida. Uma criança começa a ser alfabetizada entre 5 e 7 anos. Logo, um adolescente de 15 anos iniciou este processo há pelo menos 8 anos. Ou seja, em 2006, primeiro mandato de Lula.   De lá pra cá foram, 1 mandato e meio de Lula mais  1 mandato de Dilma. Será que não deu tempo de melhorar nada no ensino básico brasileiro?  Piorou!   Segundo o resultado, a colocação do Brasil não se deve apenas a melhora do desempenho de outros países, mais a piora do desempenho dos alunos brasileiros.   Eis a grande mentira (ou uma das grandes mentiras): o PT é o partido que pensa na educação. Alguém dirá: "A educação básica é prerrogativa dos municípios e estados." É verdade. Mas a imensa maioria dos municípios brasileiros vive de repasse de verbas federais para a educação e os estados da federação es

Namora

Namora  Sei onde mora Do que adora Quando comemora Quando chora Namora  É boa hora Não demora Pode ser agora Não joga fora O tempo de flora Namora Ora ora... Namora

Vontades

Dá uma vontade... De parar de fingir que nada acontece, Que meu corpo não estremece, Que de desejo ele não padece. Dá uma vontade... De contar a você, De colocar à perder, Na esperança de ter.  Dá uma vontade... De jogar tudo para o alto O recato, o comportamento pacato, E fazer da gana fato.

Maria das Dores

Dores De amores Perdidos Feridos Decaídos  Dores De paixões Frustrações  Esforços  E destroços  Dores  Rumores  Tumores Na alma  Dores Na mente Lembranças Marcas Fim da beleza Dores De tristeza. 

Fantasma Paradoxal.

Eu vi um fantasma.  Um fantasma do futuro. Um fantasma paradoxal. Tinha o mesmo perfume, os mesmos traços e os mesmos trejeitos do passado.  Sentou ao meu lado e sorriu o sorriso que outrora eu tanto provoquei. Conversamos animadamente, sobre vários assuntos. Sobre longevidade, eternidade e outros planos de vida. A assombração vindoura me deu pistas de como será o porvir, com suas marcas do tempo e sua leve gris.  Perguntou-me como vai a vida. Respondi que vai bem. E que, desde que o passado se foi, algumas coisas haviam mudado, mas que eu continuava o mesmo sujeito.  Rápido o momento passou e o futuro espectro se foi. Meu sentimento era de espanto e admiração. O fantasma do futuro era a mãe do passado. Não era fantasma, então. Era projeção.  Futuro, mande lembranças do presente ao passado. 

36 palavras

boca fôlego orelha  centelha arrepio cio  vazio quarto cama trama dupla feita deita fome mútua tua coisa minha tinha vontade tanta quanta aquela energia  crescia explodia dia  nascia lá fora  hora aqui parada  nada nós tudo

Maria das Dores

Dores De amores Perdidos Feridos Decaídos  Dores De paixões Frustrações  Esforços  E destroços  Dores  Rumores  Tumores Na alma  Dores Na mente Lembranças Marcas Dores De tristeza Fim da beleza

Os começos

A faísca A centelha  O supro O peteleco  A gota  O gole O olhar O sorriso É tudo começo

Oração

Meu Deus, Que meu coração se acalme e minha mente se organize. Para assim a ansiedade dar lugar à tranqüilidade, e a escuridão dar lugar à clareza e ao discernimento.   Que meus olhos vejam teus feitos e que minhas mãos colham teus frutos.   Ensina-me, Senhor, a não temer o amanhã e confiar em teu supremo cuidado. Proteja meu sono e meus sonhos. Que a noite me traga descanso e não temor. Que meu trabalho seja próspero e minha saúde forte.   Que minha descendência seja feliz e que minha alma seja por ti guiada.   Cuida de mim, Senhor. Não sei de nada, não tenho nada mais importante do que a esperança da tua misericórdia.   Amém.

Gotas

Das gostas que caíram  Algumas saíram lágrimas  Salgadas lágrimas... Chuva que foi sol E agora só, gotas outras Nada mais