A mesa dos escarnecedores.

Sobre a ida de Dilma à inauguração do templo de Salomão (a mais recente demonstração de megalomania de Edir Macedo) e uma eventual surpresa quanto à aproximação do partido da esquerda da seita
neo-pentecostal, O PT nunca foi um partido diferente dos outros. Ele simplesmente emulou ser, até chegar ao poder. Quando chegou, mostrou sua verdadeira face. Seus líderes são tão gananciosos quanto os de outros partidos (ou até mais), sua sede de poder a todo custo é insaciável e suas alianças para isso são as mais improváveis.

Macedo, Malafaia, ou qualquer outro líder neo-pentecostal tem um discurso muito parecido, no campo da fé, ao discurso do PT no campo da política. Poucos reparam isso, mas eles são iguais em seus anelos. Enquanto os pastores neo-pentecostais pregam que deve-se "tomar posse" das bênçãos divinas, o partido da estrela vermelha quer tomar posse do poder estatal. Ambos discursos são antropocêntricos e imediatistas. Duas característica do mundo pós-moderno.

O que estou dizendo pode parecer papo de botequim (ou de filósofo de botequim). Mas é fruto de observação. E a presença de Dilma não me surpreende. É bom lembrar que o chefe dela, Lula, uniu-se à Maluf para eleger Haddad em São Paulo.

É a "mesa dos escarnecedores" (Salmo 1). Querem o poder acima de tudo. Uns se utilizam do Cristo, que era humilde e andava com os pobres e excluídos. Outros se utilizam da pobreza e se disfarçam dela, para ficarem mais ricos.

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