Kriptonita

Xuxa se dói toda quando um deputado lembra (de forma truculenta, diga-se) que ela, no filme "Amor, Estranho Amor", contracena com um menino de 12 anos, em que seu personagem seduz e faz sexo com o guri.

Numa boa, eu acho que as pessoas podem se arrepender de seus atos. Quem nunca errou atire a primeira pedra? Mas o arrependimento pessoal não é garantia do esquecimento alheio. Xuxa é uma das figuras mais paradoxais da TV brasileira. Famosa por capas em revistas eróticas, tornou-se a "rainha dos baixinhos", ganhou (não sei de quem) uma espécie de salvo conduto e pensa que as pessoas têm amnésia. A verdade é que ela sempre lançou mão de algumas generosas doses de sensualidade. Ou alguém esqueceu da capa de seu primeiro disco depois que assinou contrato com a Globo?

Não concordo com os modos do deputado grosseiro. Mas não dá para achar que em hora alguma alguém vai tocar na ferida. "Amor, Estranho Amor" é a kriptonita de Xuxa. Ontem ela deu de cara com um Lex Luthor da vida.

Agüente o tranco. Engole o choro. E não espere desculpas.

Senão, daqui a pouco a moda pega e teremos que pedir desculpas ao político ladrão por ter nos roubado.

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