Paralela
Sou teu amor da outra vida que não vives.
Que paralela insiste à outra vida em que resides.
Onde planejas e filias em planilhas.
A vida que vives permite que sejas perfeita, equilibrada, exemplar.
Mas que por um par de segundos, te permite escapar.
Para lembrar onde estou, na vida imperfeita, imprevisível.
Vizinho do inexplicável e possível
Sou teu amor da outra vida.
Daquela que espias por janelas.
Não a de tua alma em coma, onde teus instintos o medo doma.
Pois na vida que presides, sabes tudo o que fazer.
Como vai ser, e até quando nela morrer.
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