Futuro do pretérito
É, minha gente, a coisa não está fácil. A cada semana, um escândalo novo, eu nem lembro mais do da semana retrasada. Já confundo se o funcionário do gabinete do senador X era o treinador de cães do deputado Y. Ou se a faxineira do no secretário Beltrano estava na folha de pagamento do senador Fulano. Mas a última foi peculiar.
O deputado e pegador de celebridades Fabio Faria, do PMDB (mais um...), foi pego com a boca na botija, distribuindo passagens aéreas para as bonitonas da TV Globo. A brincadeira começou com a Adriane Galisteu e continuou com a Priscila Fantin, Stephanie Brito, Samara Felippo e grande elenco. Como disse antes, o caso é peculiar porque nos mostra o cinismo de uma parcela da classe artística brasileira.
No período das cidades-estados e depois nas grandes monarquias, os artistas eram quem faziam o povo refletir sobre sua situação. As peças teatrais eram sempre precedidas de um breve relato da história e no final era apresentada a sua moral, a famosa moral da história. Sempre foram os artistas os incentivadores de grandes discussões, através de seus livros, poemas, quadros, esculturas e música. Nosso país é um grande exemplo disso, com sua produção farta de artistas que, ao longo do século XX, motivaram mudanças na sociedade. Mesmos aqueles que eram mantidos pelos nobres, tinham como premissa serem fieis à sua arte, vide os exemplos da Renascença. Mas temos também os bobos da corte. Os palhaços do palácio. Que levam a torta na cara, no afã da gargalhada do rei. Talvez o grupo aerotransportado pelo deputado garanhão seja de bobos da corte. O Brasil anda tão letárgico e anestesiado, que pessoas que deveriam fazer diferença ― já que tem os holofotes sobre si ― se deixam entregar por passagens aéreas.
O caso vai morrer. Até porque não é nada conveniente que fiquem associando esse escândalo ao casting da TV Globo. Que por sua vez não vai fazer nada com a turma. O deputado é mais um daqueles que andam pelas sombras de Brasília. Dizem que ele devolveu o dinheiro, isso é semelhante a colocar de volta a terra num buraco escavado, nunca fica igual. Ele tem um sobrenome no futuro do pretérito, o tempo verbal da frustração. Foi o candidato mais votado do Rio Grande do Norte, provando que um povo sem informação joga seus votos no lixo. Provavelmente, a campanha foi baseada no que Fábio faria para alegrar da turma da Malhação.
O deputado e pegador de celebridades Fabio Faria, do PMDB (mais um...), foi pego com a boca na botija, distribuindo passagens aéreas para as bonitonas da TV Globo. A brincadeira começou com a Adriane Galisteu e continuou com a Priscila Fantin, Stephanie Brito, Samara Felippo e grande elenco. Como disse antes, o caso é peculiar porque nos mostra o cinismo de uma parcela da classe artística brasileira.
No período das cidades-estados e depois nas grandes monarquias, os artistas eram quem faziam o povo refletir sobre sua situação. As peças teatrais eram sempre precedidas de um breve relato da história e no final era apresentada a sua moral, a famosa moral da história. Sempre foram os artistas os incentivadores de grandes discussões, através de seus livros, poemas, quadros, esculturas e música. Nosso país é um grande exemplo disso, com sua produção farta de artistas que, ao longo do século XX, motivaram mudanças na sociedade. Mesmos aqueles que eram mantidos pelos nobres, tinham como premissa serem fieis à sua arte, vide os exemplos da Renascença. Mas temos também os bobos da corte. Os palhaços do palácio. Que levam a torta na cara, no afã da gargalhada do rei. Talvez o grupo aerotransportado pelo deputado garanhão seja de bobos da corte. O Brasil anda tão letárgico e anestesiado, que pessoas que deveriam fazer diferença ― já que tem os holofotes sobre si ― se deixam entregar por passagens aéreas.
O caso vai morrer. Até porque não é nada conveniente que fiquem associando esse escândalo ao casting da TV Globo. Que por sua vez não vai fazer nada com a turma. O deputado é mais um daqueles que andam pelas sombras de Brasília. Dizem que ele devolveu o dinheiro, isso é semelhante a colocar de volta a terra num buraco escavado, nunca fica igual. Ele tem um sobrenome no futuro do pretérito, o tempo verbal da frustração. Foi o candidato mais votado do Rio Grande do Norte, provando que um povo sem informação joga seus votos no lixo. Provavelmente, a campanha foi baseada no que Fábio faria para alegrar da turma da Malhação.
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