Welcome, Mr. Allen

No blog no Aydano André Motta, andou se falando de uma forte possibilidade do Woody Allen filmar no Rio de Janeiro. O questionamento era por que a prefeitura da cidade não faz um convite formal para o cineasta ligar suas câmeras por estas bandas. Minha resposta é simples: burrice.

Um dia desses, assistir o programa Mundo S.A., do canal Globo News, quando foi abordado o fato de Nova York ser a cidade que mais serve de locação para os filmes americanos. Existe toda uma política formal de fomento dessa atividade. Incentivos fiscais, estadia para as equipes de filmagem, esquemas especiais de segurança e isolamento de locais para se gravar as cenas. O resultado são toneladas de filmes que se passam na Big Apple. Mas não é só isso.

Segundo dados da Euromonitor International, Nova York é a sexta cidade mais visitada no mundo, mesmo depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Além dos pontos já famosos, lugares comuns da cidade americana são transformados em pontos turísticos depois de aparecerem nas telonas do mundo. Os filmes de Allen rodados fora de Nova York são verdadeiros sucessos. Match Point, rodado em Londres (a cidade mais visitada do mundo) e Vicky Cristina Barcelona, em Barcelona (a décima), não só serviram para oxigenar a carreira do diretor, mas também para alimentar estas cidades de turistas.

E o Rio de Janeiro? Somos a 35ª no ranking da preferência dos turistas. Imagem o que aconteceria por aqui, um lugar repleto de belezas naturais e de pontos singulares. Seria um estímulo enorme ao turismo, à geração de serviços, de empregos e de arrecadação para os cofres públicos. Temos quase tudo. Locações exuberantes, uma luz única e a inspiração para belas histórias. O que nos falta são gestores que usem seus neurônios para realmente ajudar a cidade. Mas, pelo visto, isso é coisa de cinema.

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