Câncer Diplomático
Você conhece o Termo de Ajuste ao Protocolo de Cooperação sobre a Ação Afirmativa? É mais um dos absurdos dos últimos tempos. Trata-se de uma bolsa-prêmio no valor de R$ 25.000,00, concedida pelo Instituto Rio Branco para candidatos negros, como o objetivo de ajudar na preparação destes para as provas de ingresso na instituição e assim equilibrar o balanço social dos quadros da diplomacia brasileira.
Eu não sabia que o sistema de cotas já havia infectado o Itamaraty. Não escondo minha decepção. A diplomacia brasileira ainda é uma das boas coisas desse país ― mesmo com as capotadas do Celso Amorim. Afinal, o atual ministro (graças a Deus) é passageiro e o IRBr tem uma tradição de selecionar e formar excelentes profissionais. A mãozinha vem em forma de pagamentos parcelados durante um ano, para que o postulante à vaga no instituto page professores e cursos e atinja melhores condições de ingresso. Mas, e quem não é negro e vem acalentando esse sonho e se preparando há anos? Como o governo se coloca diante da decepção dos não afro-descendentes que serão desclassificados?
De novo, esse negócio de ação afirmativa mostra a seu poder de corrosão. O mérito vem sendo colocado em segundo plano, na tentativa de disfarçar chagas profundas de nosso país. Por que não se investe na formação de professores do ciclo fundamental, reforma de escolas e compra de novos equipamentos que auxiliem a exposição das matérias? Por que não se planta a semente do conhecimento dos pequeninos, fazendo assim com que estes busquem com prazer o desenvolvimento intelectual? Ações afirmativas, num primeiro momento, cegam. Depois elas formam e sedimentam. A cegueira pode ser reversível. Mas a formação e a sedimentação não. O legado não é uma sociedade mais justa e sim a distorção. Os países que adotaram ações afirmativas estão tentando desarmar esta bomba-relógio.
Sou negro, mas não sou diplomata. Se fosse estaria muito bravo com isso. Da mesma forma que não me conformo com cotas nas universidades. Uma marca na testa dos negros brasileiros que buscam formações superiores está sendo impressa. E o pior é que os negros estão oferecendo suas frontes sorrindo e de olhinhos fechados. Os movimentos negros estão em festa. Mas não vejo, não leio, não tenho noticia de movimento negro subindo morro para montar escola, nem patrocinando formação técnica, nem ações reais de cidadania. No que diz respeito à inclusão social, a Igreja Universal é mais eficaz do que qualquer uma dessas facções inúteis. Mesmo com todas as suspeitas, o bispo Macedo e seu séquito tiram mais garotos do tráfico do que aquele pessoal que anda de roupa tribal, comendo os farelos da mesa do governo. Fazer barulho vão é cômodo e... Quem sustenta essa gente? Fala-se muito dos movimentos neonazistas, mas existem alas radicais de universitários negros que não dirigem a palavra para seus colegas brancos. Um retrocesso de 200 anos.
A diplomacia brasileira corre o risco de se tornar viciada em sua origem. A metástase das cotas começa a invadir os centros de excelência da nação. O Brasil caiu na armadilha de confundir formação com facilitação. Querem de qualquer forma institucionalizar o racismo. E, por infortúnio, caminha-se a passos largos.
Eu não sabia que o sistema de cotas já havia infectado o Itamaraty. Não escondo minha decepção. A diplomacia brasileira ainda é uma das boas coisas desse país ― mesmo com as capotadas do Celso Amorim. Afinal, o atual ministro (graças a Deus) é passageiro e o IRBr tem uma tradição de selecionar e formar excelentes profissionais. A mãozinha vem em forma de pagamentos parcelados durante um ano, para que o postulante à vaga no instituto page professores e cursos e atinja melhores condições de ingresso. Mas, e quem não é negro e vem acalentando esse sonho e se preparando há anos? Como o governo se coloca diante da decepção dos não afro-descendentes que serão desclassificados?
De novo, esse negócio de ação afirmativa mostra a seu poder de corrosão. O mérito vem sendo colocado em segundo plano, na tentativa de disfarçar chagas profundas de nosso país. Por que não se investe na formação de professores do ciclo fundamental, reforma de escolas e compra de novos equipamentos que auxiliem a exposição das matérias? Por que não se planta a semente do conhecimento dos pequeninos, fazendo assim com que estes busquem com prazer o desenvolvimento intelectual? Ações afirmativas, num primeiro momento, cegam. Depois elas formam e sedimentam. A cegueira pode ser reversível. Mas a formação e a sedimentação não. O legado não é uma sociedade mais justa e sim a distorção. Os países que adotaram ações afirmativas estão tentando desarmar esta bomba-relógio.
Sou negro, mas não sou diplomata. Se fosse estaria muito bravo com isso. Da mesma forma que não me conformo com cotas nas universidades. Uma marca na testa dos negros brasileiros que buscam formações superiores está sendo impressa. E o pior é que os negros estão oferecendo suas frontes sorrindo e de olhinhos fechados. Os movimentos negros estão em festa. Mas não vejo, não leio, não tenho noticia de movimento negro subindo morro para montar escola, nem patrocinando formação técnica, nem ações reais de cidadania. No que diz respeito à inclusão social, a Igreja Universal é mais eficaz do que qualquer uma dessas facções inúteis. Mesmo com todas as suspeitas, o bispo Macedo e seu séquito tiram mais garotos do tráfico do que aquele pessoal que anda de roupa tribal, comendo os farelos da mesa do governo. Fazer barulho vão é cômodo e... Quem sustenta essa gente? Fala-se muito dos movimentos neonazistas, mas existem alas radicais de universitários negros que não dirigem a palavra para seus colegas brancos. Um retrocesso de 200 anos.
A diplomacia brasileira corre o risco de se tornar viciada em sua origem. A metástase das cotas começa a invadir os centros de excelência da nação. O Brasil caiu na armadilha de confundir formação com facilitação. Querem de qualquer forma institucionalizar o racismo. E, por infortúnio, caminha-se a passos largos.
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