Tirem as crianças da sala.

Entrará em cartaz o filme chapa-branca, contanto uma suposta história de Lula. Um verdadeiro culto à personalidade. Alguns dizem que existem paralelos forjados com a história de Cristo. Nascimento em lugar paupérrimo, criança prodígio, líder carismático que vai conduzir o povo à salvação.

São claras as distorções. Sabemos que filme faz parte da arquitetura para tentar eleger a discípula Dilma. Mas o perigo maior não está aí, mas sim na percepção das futuras gerações. O grande mérito de Lula — e talvez o único — foi não mexer nos fundamentos econômicos, que não foram construídos pelo seu governo. Foi não se aventurar, cedendo aos apelos delirantes das bases de seu partido. Foi entender que isso seria fatal para seu plano de poder. Contudo, o mensalão foi articulada na sala ao lado de seu gabinete, por seus companheiros José Dirceu, Genuíno, Delúbio e Silvinho, além de mais um bando de gente que foi classificada como quadrilha.

Reescrever a verdade é atrofiar a identidade de uma sociedade. Lula não tem a menor responsabilidade com as mentes de seus presididos. Tenta cercear a imprensa, questionando o seu papel vital de fiscalizar os atos dos políticos. Golpe desferido covardemente, a quem o ajudou a fiscalizar seus antigos inimigos e novos amigos de infância. O presidente parece querer tapar de qualquer forma os furos do casco de sua barca. Contar uma nova história é uma boa saída. O filme vai mostra um homem quase sem defeitos, um herói enviado para redimir uma nação. Vai virar minissérie na Globo e, óbvio, terá franca oferta de cópias piratas nas melhores barracas do ramo. Tudo para tentar converter milhões de pessoas ao Evangelho Segundo Lula. Pena que não terá um filme contando os Atos dos Apóstolos.

Tirem as crianças da sala.

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