Oinc-Oinc

Antes eu me horrorizava com o que Eduardo Paes dizia, agora eu até me divirto. A sua última pérola foi chamar os cariocas de porcalhões, devido à grande quantidade de lixo produzido na cidade. Num primeiro momento, o pronunciamento revolta. Mas depois, eu lembrei que papeis, embalagem, latas de refrigerante e cerveja, guimbas de cigarro e tantos outros detritos são objetos inanimados. O cara tem razão.

As pessoas não dão a mínima para o lixo que espalham pelas ruas. É só ver a quantidade de latas de lixos que existem versos a quantidade de sujeira no chão. Não podemos dizer que a Comlurb não atua com relativa eficiência. Basta ver como a praia de Copacabana está inacreditavelmente suja no final de um dia de sol e como ela desperta no dia seguinte (linda e pronta para mais um dia de desrespeito). Um dia desses, assisti um sujeito que reformava a sua casa jogar as telhas velhas em um poste há 50 metros de sua casa, na tentativa de se livrar do problema. Só que o cascão nem se atentou para o fato de a Comlurb ter um serviço de coleta de entulhos muito eficiente e gratuito. É assim um monte de gente se comporta. Outra praga são os donos de cachorro que levam seus respectivos totós para passear e não levam o saquinho para guardar o produto do tal “passeio”.

Eduardo é meio falador, inegável. Mas tem certas coisas que ele diz que são algumas daquelas verdades inconvenientes. Esse é mais um dos problemas de falta de educação de grande parte da população carioca. Assim como estacionar carros na calçada, fechar cruzamentos, buzinar à toa, andar de bicicleta em alta velocidade em vias compartilhadas com pedestres, pichar muros, etc.

É imprescindível notar que a esculhambação nos faz mais mal (é feio, mas está certo) do que bem. O Rio de Janeiro tem dois grandes desafios que são sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. É possível vencer os dois bravamente. Mas antes é preciso vencer o desafio maior de educar muitos de seus cidadãos. Sendo assim, caça aos porcalhões.

Comentários

  1. Outro dia, esperando para atravessar o sinal uma mulher acaba de tomar sua lata de cerveja e joga no meio-fio, em plena Tijuca. Claro, não tinha perfil de moradora local talvez de alguma "comunidade local'. Que devo fazer? Alertá-la? Ficar calada? Indignada? Ou me acostumar?

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  2. Comentarista anônima,

    Eu sinceramente acho que essa mulher é caso perdido. É do tipo de pessoa que não tem pudor algum de sujar a cidade. Como você perguntou, eu respondo. Alertar é uma boa. Mas se preocupe em educar as próximas gerações. Talvez seja mais efetivo. Têm muitos pais que se envergonham e se emendam ao serem repreendidos pelas belas atitudes dos filhos. Quem sabe não acontece isso com a tal mulher?

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