Professor, me tira uma dúvida?
Inspirado no post REFORMA AGRÁRIA, do blog Leite de Pato.
Nos meus tempos de cursinho pré-vestibular, ouvia de professores de História e de Geografia que a solução para o Brasil era a reforma agrária. Virava e mexia, eles falavam do assunto como uma nova descoberta da penicilina ou do transistor.
Eles pregavam sobre uma tal de agricultura familiar, que era descrita como uma bela cena de um pai, uma mãe e seus filinhos trabalhando e vivendo da terra. Vendendo seus frutos para abastecer os centros urbanos, gerando fartura na oferta de alimentos, evitando a migração para as cidades e contribuindo para o equilíbrio social. Que lindo.
Agricultura familiar... Ela não seria também o caso daquele gaúcho que largou uma lavourinha e desbravou o centro-oeste brasileiro? Tirou a sua família de um relativo conforto e a submeteu à privação da ausência de seus parentes, cultura de ter que cuidar de uma vasta extensão de terra. Hoje ele é um dono de uma grande fazenda, seus filhos estudaram e adquiriam conhecimento técnico para o tratamento da plantação e administram o negócio com profissionalismo. A produção é mecanizada e o rendimento por hectare é altíssimo. A enorme propriedade é de poucas pessoas, contrariando os ideais socialistas dos professores do cursinho. Contudo, o gaúcho tem financiamentos de bancos e consegue negociar a compra de insumos com as vantagens de quem produz em escala. O preço final não é regido por ele, mas o custo de produção sim. Logo sua margem lucro é melhor. Ele produz mais e gasta menos. Manda mais produtos para os grandes centros do que a família do meu imaginário nos tempos de vestibular.
Então fica a dúvida: “Professor, o que é agricultura familiar? A que impede o sujeito de sair do interior, fixa uma família numerosa na terra, mas a sufoca com os custos de produção e falta de técnicas modernas de produção? Ou seria a que é comandada por um número reduzido de pessoas, mas altamente produtiva?”
O MST está fazendo o quem bem entende em várias partes do país, sem repressão alguma. Sua luta oficial é a reforma agrária. Tudo mundo sabe que seu objetivo maior é a grilagem e o recheio das contas bancárias dos líderes do movimento. Seu exército é composto de pobres pessoas, alguns somente pobres burros e outros somente pobres facínoras. Mas todos esses “soldados” acham que um naco da terra alheia será a solução de seus problemas — seja para vendê-los ou realmente cultivá-los. Como certamente muitos (senão todos) dos professores do meu tempo apóiam o MST, para mim o conceito de reforma agrária cai por terra. Pelo menos, nesses moldes apresentados até agora. Não passa de um engodo, até por questões de economia básica.
Grandes capitais brasileiras tentem a uma estagnação de seu número de habitantes. Serviços subalternos nos grandes centros atualmente são executados pelos pobres que nasceram nestes locais, em sua maioria. O índice de miséria no campo é altíssimo e de certa forma é estimulado pela falta de formação das pessoas e pela distorção de programas sociais mal intencionados. No campo, um técnico com carteira assinada pode ganhar mais do que muito pequeno agricultor. Um operador de colheitadeira tem um salário superior a R$ 2.000,00. Logo, os argumentos da reforma agrária me parecem obsoletos.
Sei não, mas acho que meus antigos professores de cursinho estavam enganados.
Nos meus tempos de cursinho pré-vestibular, ouvia de professores de História e de Geografia que a solução para o Brasil era a reforma agrária. Virava e mexia, eles falavam do assunto como uma nova descoberta da penicilina ou do transistor.
Eles pregavam sobre uma tal de agricultura familiar, que era descrita como uma bela cena de um pai, uma mãe e seus filinhos trabalhando e vivendo da terra. Vendendo seus frutos para abastecer os centros urbanos, gerando fartura na oferta de alimentos, evitando a migração para as cidades e contribuindo para o equilíbrio social. Que lindo.
Agricultura familiar... Ela não seria também o caso daquele gaúcho que largou uma lavourinha e desbravou o centro-oeste brasileiro? Tirou a sua família de um relativo conforto e a submeteu à privação da ausência de seus parentes, cultura de ter que cuidar de uma vasta extensão de terra. Hoje ele é um dono de uma grande fazenda, seus filhos estudaram e adquiriam conhecimento técnico para o tratamento da plantação e administram o negócio com profissionalismo. A produção é mecanizada e o rendimento por hectare é altíssimo. A enorme propriedade é de poucas pessoas, contrariando os ideais socialistas dos professores do cursinho. Contudo, o gaúcho tem financiamentos de bancos e consegue negociar a compra de insumos com as vantagens de quem produz em escala. O preço final não é regido por ele, mas o custo de produção sim. Logo sua margem lucro é melhor. Ele produz mais e gasta menos. Manda mais produtos para os grandes centros do que a família do meu imaginário nos tempos de vestibular.
Então fica a dúvida: “Professor, o que é agricultura familiar? A que impede o sujeito de sair do interior, fixa uma família numerosa na terra, mas a sufoca com os custos de produção e falta de técnicas modernas de produção? Ou seria a que é comandada por um número reduzido de pessoas, mas altamente produtiva?”
O MST está fazendo o quem bem entende em várias partes do país, sem repressão alguma. Sua luta oficial é a reforma agrária. Tudo mundo sabe que seu objetivo maior é a grilagem e o recheio das contas bancárias dos líderes do movimento. Seu exército é composto de pobres pessoas, alguns somente pobres burros e outros somente pobres facínoras. Mas todos esses “soldados” acham que um naco da terra alheia será a solução de seus problemas — seja para vendê-los ou realmente cultivá-los. Como certamente muitos (senão todos) dos professores do meu tempo apóiam o MST, para mim o conceito de reforma agrária cai por terra. Pelo menos, nesses moldes apresentados até agora. Não passa de um engodo, até por questões de economia básica.
Grandes capitais brasileiras tentem a uma estagnação de seu número de habitantes. Serviços subalternos nos grandes centros atualmente são executados pelos pobres que nasceram nestes locais, em sua maioria. O índice de miséria no campo é altíssimo e de certa forma é estimulado pela falta de formação das pessoas e pela distorção de programas sociais mal intencionados. No campo, um técnico com carteira assinada pode ganhar mais do que muito pequeno agricultor. Um operador de colheitadeira tem um salário superior a R$ 2.000,00. Logo, os argumentos da reforma agrária me parecem obsoletos.
Sei não, mas acho que meus antigos professores de cursinho estavam enganados.
Toda vez que vejo uma materia sobre reforma agrária e MST,penso o mesmo. E com certeza nossos professores nos enganaram, porque há anos as histórias do MST são as mesmas, e o pior, você já ouviu falar em punição para o que eles fazem?eles são protegidos por quem?fica a dúvida...
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