Na tela dos outros é pecado.

Acabo de ler na Veja desta semana sobre um programa da Rede Record, A Fazenda, que é o genérico do Big Brother, que passa na TV Globo. Bem, um Big Brother já dose pra elefante. Dois deveriam ser um problema de segurança nacional. A diferença básica entre os dois programas é, além do orçamento, que o da Record usa os pseudo-famosos da televisão, aqueles que não deram certo na Globo e tentam ganhar uns trocados em outro lugar.

O que mais me chamou na atenção na reportagem não foi a tentativa da revista de traçar algum perfil psicológico dos participantes do programa “rural”. O que me fez refletir foi o fato de reportagem notar que a quantidade de peladas exibidas do programa do canal do bispo Macedo. Ninguém me responde por que uma instituição religiosa tem que ter uma rede de televisão (a não ser que esta fale de sua doutrina o tempo todo). Por que tem que ter um partido político, ou investir pesado em instituições financeiras. Bispo Macedo e sua turma representam a nata da hipocrisia religiosa que atua no Brasil. Sua Fazenda deixa constrangido até gente que não defende nenhuma religião. A TV da Igreja Universal deveria, pelo menos, ser mais comportada. Mas baixaria dá audiência, seja com bicos na imagem de Maria, seja com os peitos da Adriana Bombom.

A guerra entre a Record e a Globo tem um único objetivo: dinheiro. A briga por patrocínios e a ibope é pesada. Estão chegando eventos esportivos cujas transmissões televisivas renderão lucros altíssimos. Macedo não gosta das suas ovelhas. Gosta da grana das ovelhas e dos lobos. Como disse Jesus Cristo, a quem Macedo diz servir: raça de víboras.

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