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Mostrando postagens de abril, 2009

Welcome, Mr. Allen

No blog no Aydano André Motta, andou se falando de uma forte possibilidade do Woody Allen filmar no Rio de Janeiro. O questionamento era por que a prefeitura da cidade não faz um convite formal para o cineasta ligar suas câmeras por estas bandas. Minha resposta é simples: burrice. Um dia desses, assistir o programa Mundo S.A. , do canal Globo News, quando foi abordado o fato de Nova York ser a cidade que mais serve de locação para os filmes americanos. Existe toda uma política formal de fomento dessa atividade. Incentivos fiscais, estadia para as equipes de filmagem, esquemas especiais de segurança e isolamento de locais para se gravar as cenas. O resultado são toneladas de filmes que se passam na Big Apple. Mas não é só isso. Segundo dados da Euromonitor International, Nova York é a sexta cidade mais visitada no mundo, mesmo depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Além dos pontos já famosos, lugares comuns da cidade americana são transformados em pontos turísticos de

Fundo de garrafa

Depois das barbeiragens do árbitro Carlos Eugênio Simon contra o Flamengo (em partida contra o Cruzeiro, no Brasileirão 2008) e contra o Fortaleza no domingo passado (na final do Campeonato Cearense), só tenho uma coisa a dizer: Simon, Óticas do Povo! Morou?

Rio 2016? Como assim?

Nunca deixei de esconder o meu amor incondicional à cidade do Rio de Janeiro. O Rio é minha cidade por nascença e por maneira de ser. Esse meu amor me obriga a ser realista e não me deixa fechar os olhos para todos os imensos problemas que a cidade enfrenta. Violência, tráfico de drogas, população de rua, favelas em crescimento exponencial, descaso e inoperância dos mandatários. Mas, incrivelmente, a cidade permanece bela. Uma beleza castigada, é verdade, mas inegável. O movimento agora por aqui é a candidatura da cidade à sede das Olimpíadas de 2016. É a segunda tentativa de emplacar uma edição dos jogos olímpicos. A primeira, para as Olimpíadas de 2012, fracassou. E pelo visto a coisa vai desandar de novo. Eu espero por isso. Sou contra a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro. O pressuposto para uma cidade ser a sede de um evento desse porte está no fato dela possuir viabilidade estrutural para receber os desportistas (em suas delegações), assim como turistas, jornalistas, etc

Farra ambidestra

Prezados e minguados leitores, o autor desse blog tem uma pergunta ainda sem resposta. Onde estava a esquerda histérica, pseudo-moralista, mal-educada, que se sente dona da bandeira da honestidade, na hora de receber ― ou rejeitar ― as cotas de passagens no legislativo em Brasília? Aguardo respostas.

Vale a pena ver de novo

Final do Campeonato Carioca? Flamengo e Botafogo na final? Botafogo jogando melhor, Flamengo empata e o primeiro jogo acaba em 2X2? Eu já vi esse filme antes...

Fora Rodrigo Bethlem

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DESORDEM URBANA Globo Online – 23/04/09 - Ronaldo Braga, com texto e fotos de leitores RIO - A posse do novo chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski , na manhã desta quarta-feira, deixou as ruas próximas à Academia de Polícia, na Cidade Nova, com dezenas de carros estacionados em fila dupla e tripla, sobre as calçadas e impedindo entrada de garagens. O secretário especial da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, estacionou seu carro em fila dupla ao lado da academia para participar da cerimônia. Não havia guardas municipais na fiscalização do local. O secretário informou, em nota, que está apurando se o seu motorista teria estacionado em fila dupla durante a cerimônia de posse. De acordo com a secretaria, caso se constate o fato, o motorista será devidamente advertido. O secretário disse que entende que a ordem pública que vale para o cidadão também vale para os membros da sua equipe. No blog do Aydano André Motta ( http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/chopedoaydano/ ), já apareceu uma sugest

Pegadinha

Ontem, dia 21, aconteceu um evento na Lagoa Rodrigo de Freitas, por ocasião da abertura do ano da França no Brasil. Uma apresentação que teve como ápice uma queima de fogos maior do que já tradicional realizada no revellión em Copacabana. A Lagoa é um excelente lugar para caminhar, correr, encontrar amigos, brincar com as crianças, namorar, menos para estacionar em grande eventos. Apesar de ter espaços reservados ― e pagos ― para carros, qualquer aglomeração diferente gera transtornos. Ontem não foi diferente. O engarrafamento começou no túnel Rebouças. Era carro na calçada, na grama, uma farra para os flanelinhas. Os caminhões-reboque do Eduardo Paes estavam lá. Na espreita, esperando todo mundo se distrair com o festival pirotécnico, para então levar os carros para os pátios da prefeitura. No Rio o que acontece é punir, para depois educar. É mais fácil, mais rápido e (melhor) mais rentável. É assim no Maracanã, na praia, nos espetáculos. Ao ter seu carro apreendido pela prefeitura, o

Cortando na carne

Hoje a agência de notícias Efe publicou que o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que está sendo preparado um programa de cortes de gastos da máquina pública, visando a recuperação econômica do país. Segundo Obama, “não haverá vacas sagradas nem projetos imprescindíveis”, numa referência clara aos projetos de legisladores em defesa de seus próprios interesses. Uma das justificativas dadas é a de que o governo tem que fazer o mesmo que as famílias estadunidenses estão fazendo, tomando decisões difíceis para se reerguerem. O forte indício de que o governo americano vai cortar na própria carne provoca (pelo menos em mim) uma reflexão imediata sobre o comportamento de Brasília diante da crise mundial. O que nos é apresentado pelo planalto central é uma farra de gastos, como “nunca antes na história desse país”. O paquiderme público brasileiro está cada vez mais inchado, gastão e compulsivo. Existem duas artérias abertas: os gastos com custeio e os problemas de arrecadação. Pelo vist

Nomes aos buracos

Outubro de 2008. Foi quando apareceu um buraco aqui perto de casa. Bem no meio de uma rua movimentada, no sentido do centro da cidade. Eu pensei: “O Cesar Maia não vai fechar esse buraco mesmo. Ele não tem nada a ganhar com isso”. Pensado e feito. Fevereiro de 2009. O buraco permanecia. Na esquina tem um sujeito que vende jornais no sinal de trânsito. Ele anda descalço, um tipo engraçado. No natal, ele enfeitou o buraco com um toco de madeira e um gorro de Papai Noel. Quem passava por lá de noite achava que estava vendo o duende da Xuxa. Veio o carnaval e, óbvio, o jornaleiro figura colocou um colar havaiano no toco do buraco. O Eduardo Paes, sentado na cadeira da prefeitura da cidade desde o primeiro dia do ano. Já havia sambado, multado os carros na praia e no Maraca e com seu choque de ordem. O Rio de Janeiro é a cidade mais legal do mundo. Só quem é daqui e ficou longe sabe a falta que esse lugar faz na vida da gente. Eduardo Paes, o político mais fingido dos últimos tempos, vendeu

I Dreamed A Dream

“Meu nome é Suzan Boyle... Eu Tenho quarenta e sete anos... Meu sonho é ser cantora profissional.” Com essas palavras, sob reações adversas de uma platéia pedante, Suzan Boyle deu ao mundo uma lição de talento e auto-estima. Ela é feia, gordinha, tem o cabelo é mal cortado. Seu vestido parece ter saído de uma novela de época. Tudo aconteceu no programa de TV Britains Got Talent ― a versão inglesa do American Idol . Suzan cantou um tema do musical Les Miserables , cujo título é emblemático: I Dreamed A Dream . Quando anunciou que esta era a música de sua escolha, os olhares foram de descrédito total. E Suzan cantou. Nas primeiras notas já estava claro que se tratava de um tremendo talento revelado. Ela não cantava somente com a voz. Seus olhos, seu rosto e sua postura se transformaram. A, antes cínica, audiência não conteve os efeitos do encanto da voz da senhora que julgara ser o personagem mais engraçado do episódio. E ela era realmente, uma figura, comédia. Mas não só isso. Era o ex

Futuro do pretérito

É, minha gente, a coisa não está fácil. A cada semana, um escândalo novo, eu nem lembro mais do da semana retrasada. Já confundo se o funcionário do gabinete do senador X era o treinador de cães do deputado Y. Ou se a faxineira do no secretário Beltrano estava na folha de pagamento do senador Fulano. Mas a última foi peculiar. O deputado e pegador de celebridades Fabio Faria, do PMDB (mais um...), foi pego com a boca na botija, distribuindo passagens aéreas para as bonitonas da TV Globo. A brincadeira começou com a Adriane Galisteu e continuou com a Priscila Fantin, Stephanie Brito, Samara Felippo e grande elenco. Como disse antes, o caso é peculiar porque nos mostra o cinismo de uma parcela da classe artística brasileira. No período das cidades-estados e depois nas grandes monarquias, os artistas eram quem faziam o povo refletir sobre sua situação. As peças teatrais eram sempre precedidas de um breve relato da história e no final era apresentada a sua moral, a famosa moral da história

Valsa com Bashir - Uma guerra nunca acaba

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Está em cartaz nos cinemas a animação Valsa com Bashir (2008). Trata-se deu um documentário produzido por Ari Folman, um ex-combatente da guerra do Líbano, que ocorreu em 1982. Ele tenta juntar os fragmentos da sua memória através do depoimento de pessoas que estiveram com ele em combate. Poucas vezes vi tanta realidade em uma animação. Não somente pela sua construção e pelo seu traço. Mas pelas expressões retiradas dos personagens do documentário. Em todos os depoimentos, o que se nota é uma angústia enorme. Seja pelo que se fez, seja pelo que se deixou de fazer. O certo é que o estrago que uma guerra deixa nas pessoas, não importa o lado. Todas as guerras são assim, qualquer guerra. Já tive contato de alguém que viveu na Angola pós-guerra civil, que ouviu de uma autoridade daquele país que todos os habitantes de lá tinham algum tipo de problema psicológico, resultante dos vinte e cinco anos de conflitos. Não sei se tais problemas podem ser comprovados, mas não duvido. As guerras sã

Filhos

Filhos são necessários. São eles que nos fazem acordar todos os dias e buscar algo maior. São a mola propulsora de novos projetos e a força que, se não nos impede de cair, nos faz levantar rapidamente. Filhos não são desculpa, são motivos. Por eles agimos, brigamos, lutamos, ganhamos, matamos e morremos. Eles nos fazem descobrir a força que até então não sabíamos tínhamos. Filhos nos retratam a passagem do tempo. Sim, eles nos mostram que somos passageiros, mas que de algum jeito seremos eternos. Eles carregarão o que somos, o que fizemos deles e de nós mesmos. Eles são para amar. E desse amor tirar lições de responsabilidade, honra e discernimento. Filhos não nos entregam ao desânimo. Por causa deles, buscamos onde ninguém buscaria, imaginamos o que ninguém imaginaria e conquistamos o que ninguém conquistaria. Ensinam a dividir e a multiplicar. Filhos são presentes. Se você os tem, agradeça. Eles são a sua chance de se torna melhor.

Aleluia

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Nos anos 70 e 80, quando se falava de funk carioca isso significava falar de Tim Maia, Banda Black Rio, Cassiano, Sandra de Sá e outros. Nessa turma tinha uma dupla que era simplesmente sensacional: Robson Jorge e Lincoln Olivetti. O primeiro, guitarrista, cantor e compositor de primeira linha. O segundo é um mago dos teclados, produtor e arranjador que usou a eletrônica a serviço do suingue carioca. Em 1982, eles lançaram um LP, Robson Jorge e Lincoln Olivetti. Minha lembrança mais remota de esse registro é de 1985, quanto ele me foi apresentado pelo meu amigo Renato Santos. Esse álbum foi fundamental para minha formação musical. Me ajudou a reconhecer música boa de música ruim, independente do estilo. Ele nos remete ao Rio de Janeiro da década de 1980 ― uma cidade colorida e pujante ― aos finais de semana ensolarados, ás praias lotadas e até aos momentos mais gloriosos do meu querido Flamengo. Esse período foi especial para mim. Eu mal havia entrado na adolescência e, mesmo assim, A

Muros

Há dois anos, escrevi no blog Abulafia sobre a política de cotas raciais nas universidades. Deixe claro que sou contra essa medida, por uma série de motivos ― pessoais e coletivos. Um desses motivos é o estímulo que isso trás à criação de guetos. Pois bem, a coisa está indo além, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. Só que agora o método é outro. Eduardo Paes, o bacharel, quer construir muros cercando as favelas, numa tentativa de impedir a expansão das mesmas nas áreas verdes da cidade. Já dá para ver que o rapaz gosta de soluções simplórias. Murar, cercar, isolar é criar uma situação de exceção. Quando na verdade precisamos de inclusão. Hoje, as favelas crescem verticalmente, mantendo seus moradores perto dos locais de trabalho. A Rocinha é o maior exemplo, com suas construções de alvenaria, muitas delas com alguns andares ― inclusive a polêmica começou por causa da derrubada de um edifício na favela. Os dados oficiais revelam que a maior parte das invasões ao espaço de mata virgem da

Calma nessa hora

A cidade anda muito barulhenta. Não temos mais o prazer do silêncio, nem quando estamos sozinhos. A música (ou o que restou dela) é ouvida em altíssimos decibéis. Carros e motos sem escapamento poluem duplamente. Sem perceber, estamos falando mais alto. Sugiro um teste aos motoristas que lêem este blog. Tentem passar uma semana sem utilizar a buzina de seus carros. Isso mesmo, esqueçam a o artefato. A exceção fica para as emergências e para avisar a sua chegada ao porteiro. Eu garanto, é uma bela experiência. Libertadora

Me encanta todo esto

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Caros (e talvez raros) leitores deste humilde blog, A seleção brasileira, há tempos, não enche os estádios nem os olhos brasileiros. Decerto, muitos de nós vimos o esquadrão canarinho bater no perro muerto que é a seleção do Peru. O mais legal de tudo ontem não aconteceu em Porto Alegre e sim em La Paz. Em 2008, a FIFA estava prestes a acabar com a insanidade que é jogar na altitude, Diego Armando Maradona entrou em defesa de los hermanos aymaras . Disse que não havia problema algum em jogar na troposfera boliviana. Bateu uma bolinha com o Morales, tirou foto, fez a graça típica de celebridades decadentes. Beleza. Ontem, os penúltimos colocados da tabela das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo deram um chocolate dos pupilos de Don Maradona ― una paliza , como eles diriam. Nada menos do que 6 X 1. E brasileiro é aquilo, sempre tira uma casquinha. O terceiro gol foi convertido por Alex da Rosa, brasileiro naturalizado boliviano (tem gosto para tudo). Quanto ao Maradona, p

Outono

O Rio de Janeiro entrou no outono de verdade. As tardes tem seus céus que misturam tons de azul, cinza e amarelo. É curioso como as cores são sinalizadoras de novos tempos. As tardes trazem os sons dos pássaros voltando para seus ninhos, das crianças saindo das escolas, das buzinas apressadas. Há o cheiro do pão que acaba de ficar pronto e as primeiras fumaças do jantar. O outono dá uma sensação de calma. Essa calma permite lembrar das horas felizes, quando rimos sem motivo. Ou melhor, quando tudo e o nada são motivos. O vento é manso e fresco. Alguns pingos suaves de chuva fazem lembrar que o calor passou, que é momento de sentar e contemplar. Estação de folhas cadentes, exemplo de despojo e renovação. Outono ensina a recomeçar. Despir-se do que pesava no preparo para o inverno das batalhas e valorizar o gozo de uma primavera iluminada. Aí está, o outono. A menos lembrada das estações, sendo a que mais nos traz lembranças. Outono,seja bendito.

Pare e pense. Só depois Fale.

Ou perdemos a capacidade de pensar para falar, ou estamos muito próximo disso. As pessoas têm falado o que bem (ou mal) entendem umas as outras, sem pensar nas conseqüências que podem provocar. Simplesmente damos partida do trator verbal e saímos destruindo tudo pela frente. Sentimentos, auto-estima, sonhos. Portanto, segue uma sugestão. Antes de falar, que tal respirar e avaliar se o que for dizer é realmente necessário? Se sim, vamos tomar cuidado com as palavras. Se não, desistamos da idéia na hora. Muito provavelmente, fazemos um excelente negócio.

Intercâmbio tecnológico

Durante a cúpula entre países árabes e sul-americanos, realizada em Doha, Qatar, Hugo Chávez convidou o presidente do Sudão Omar Al-Bashir para uma visita à Venezuela. O primeiro é especialista em confiscar empresas, cercear direitos civís e forjar golpes. O segundo, indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade em Darfur. Crimes estes que chocaram a sociedade internacional. Troca de tecnologia pura...