A ditadura da opinião.
Eu tenho certeza que se hoje eu fosse um cara famoso e declarasse que mesmo não tendo nada contra os homossexuais não achacasse o seu comportamento normal, eu seria execrado pela mídia e por grande parte da classe artística no Brasil.
Somos tão tacanhos, que se quer aprovar o casamento gay numa sociedade que ainda nem respeita o direito à opinião contrária. Isso mesmo, não respeitamos, apenas fingimos respeitar. Até porque não se sabe o que é direito à opinião.
Se alguém disser que não gosta de gordos, não quer dizer que ela tem o direito de maltratar ou discriminar os gordos. Mas ela tem direito de dizer que não gosta deles. Numa democracia não existe crime de opinião.
Mas ser gay, para a mídia e a classe artística "especializada", é maneiro. Então se alguém diz "eu não acho maneiro" é detonado com alto poder bélico. Se eu fosse famoso, não seria um Feliciano, que fala absurdos indefensáveis. Bastaria eu dizer que sou contra a qualquer um dos pleitos dos homossexuais para ser brutalmente criticado.
Democracia no Brasil só é democracia se o seu candidato ganhar, se você ouvir o que lhe agrade e se todos concordarem com você. Isso não é democracia, cara-pálida. É narcisocracia.
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