Taís, Isabel e Helena
Não me perguntem onde, mas ouvi dizer que a atriz Taís Araújo será a protagonista de uma novela das oito. Acho que ela vai ser mais uma Helena do autor mais criativo para o nome de mocinhas da história. Essa notícia é melhor do que qualquer programa de cotas, ela representa uma vitória do conceito mais correto que existe, a meritocracia. E não há como negar que, para os padrões televisivos atuais, Taís tem seus méritos.
Taís protagonista da novela das oito, o fato em si será assimilado rapidamente ― se já não o foi. Todavia, a coisa vai além. Mas antes de continuar quero deixar claro que não sou engajado em luta de raças ou similaridades. Ao contrário, quero igualdade, não reparação. Continuando... A coisa vai além se analisarmos pela ótica da referência inconsciente. Aquela que temos quando determinada ocupação ou função nos vem à cabeça. Por exemplo... Pense rápido num motorista de ônibus. Agora num juiz. Uma diarista. Uma gerente de agência bancária. Mude rápido para um neurocirurgião. Todos nós temos referências pré-determinadas de como serão fisicamente tais pessoas. Lógico, estamos sujeitos a erros e mesmo assim essas referências dificilmente mudam. A exceção fica por conta dos eventos marcantes.
Taís protagonista da novela das oito significa uma nova referência. Uma positiva referência. Sofremos da síndrome de Marilyn Monroe, tudo muito louro. Nada contra, nada mesmo. Mas a beleza se manifesta de outros modos. E Taís é bela. Ela não é o padrão, mas pode ser. Não! Melhor, ela pode acabar com o padrão. Será a personificação da continuação da Lei Áurea, a parte que não foi escrita. A parte que deveria dizer aos negros brasileiros que eles poderiam ter uma boa educação, oportunidades e ocupar lugares de destaque. Sem a esmola eleitoral que são as cotas universitárias. Nessa segunda parte, estaria escrito que eles se reconheceriam nos comerciais, nos carros de luxo e nos caros condomínios. Que as meninas não precisariam chapar seus cabelos para se perceberem bonitas.
Taís protagonista da novela das oito, se isso for verdade, estamos prestes a assistir a uma espécie de assinatura da emenda da lei do final do século XIX. Só que agora, a princesa não se chamará Isabel e sim Helena.
Taís protagonista da novela das oito, o fato em si será assimilado rapidamente ― se já não o foi. Todavia, a coisa vai além. Mas antes de continuar quero deixar claro que não sou engajado em luta de raças ou similaridades. Ao contrário, quero igualdade, não reparação. Continuando... A coisa vai além se analisarmos pela ótica da referência inconsciente. Aquela que temos quando determinada ocupação ou função nos vem à cabeça. Por exemplo... Pense rápido num motorista de ônibus. Agora num juiz. Uma diarista. Uma gerente de agência bancária. Mude rápido para um neurocirurgião. Todos nós temos referências pré-determinadas de como serão fisicamente tais pessoas. Lógico, estamos sujeitos a erros e mesmo assim essas referências dificilmente mudam. A exceção fica por conta dos eventos marcantes.
Taís protagonista da novela das oito significa uma nova referência. Uma positiva referência. Sofremos da síndrome de Marilyn Monroe, tudo muito louro. Nada contra, nada mesmo. Mas a beleza se manifesta de outros modos. E Taís é bela. Ela não é o padrão, mas pode ser. Não! Melhor, ela pode acabar com o padrão. Será a personificação da continuação da Lei Áurea, a parte que não foi escrita. A parte que deveria dizer aos negros brasileiros que eles poderiam ter uma boa educação, oportunidades e ocupar lugares de destaque. Sem a esmola eleitoral que são as cotas universitárias. Nessa segunda parte, estaria escrito que eles se reconheceriam nos comerciais, nos carros de luxo e nos caros condomínios. Que as meninas não precisariam chapar seus cabelos para se perceberem bonitas.
Taís protagonista da novela das oito, se isso for verdade, estamos prestes a assistir a uma espécie de assinatura da emenda da lei do final do século XIX. Só que agora, a princesa não se chamará Isabel e sim Helena.
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