Desafinou
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural.
O trecho acima pertence à Desafinado, uma composição emblemática de Tom Jobim. O desafinado não tem desculpa. Cesar Maia deve ser desafinado. Se não é, parece. Pense bem, o sujeito se mete a fazer uma cidade de música. Cidade da música? Ela já está pronta, queridão. Você a governou por doze anos. O Rio de Janeiro sempre foi caracterizado pela música que sai de sua gente e por hospedar músicos de outras partes do Brasil e do mundo. Então, criar uma cidade da música é, no mínimo, redundante. Mas a redundância é uma característica dos megalômanos.
A tal cidade custou R$ 500.000.000,00 (muitos zeros à direita, por sinal). Essa grana dava para fazer dez mil casas das que o Lula disse que vai fazer. Cada uma a um preço médio de R$ 50 mil. Dez mil famílias longe das favelas, dez mil mães que diminuiriam muito o risco de verem seus dez mil filhos ― pelo menos ― serem aliciados pelo tráfico de drogas. São dez mil pais que poderiam ter a certeza de que suas casas não desabariam nas chuvas de verão e que não seriam vizinhos de valas negras.
Por que estou falando disso depois de três meses da inauguração do elefante cinza empacado no meio da Barra da Tijuca? Por que até agora não vi nada acontecer naquele local. Os músicos que conheço, que não são poucos, até agora não se manifestaram sobre sua suposta Meca. E o filhote do César, o bacharel Eduardo Paes declarou esta semana, com todas as letras, que aquilo tudo vai ficar do jeito que está.
César, macaqueando os imperadores dos quais é xará, quis deixar um monumento. Conseguiu! Contudo, será lembrado pelo culto ao desperdício, ao desrespeito com o dinheiro dos contribuintes e pela falta de senso estético, já que aquela construção é literalmente assustadora. Os primeiros versos de Desafinado são pouco conhecidos:
Quando eu vou cantar, você não deixa
O trecho acima pertence à Desafinado, uma composição emblemática de Tom Jobim. O desafinado não tem desculpa. Cesar Maia deve ser desafinado. Se não é, parece. Pense bem, o sujeito se mete a fazer uma cidade de música. Cidade da música? Ela já está pronta, queridão. Você a governou por doze anos. O Rio de Janeiro sempre foi caracterizado pela música que sai de sua gente e por hospedar músicos de outras partes do Brasil e do mundo. Então, criar uma cidade da música é, no mínimo, redundante. Mas a redundância é uma característica dos megalômanos.
A tal cidade custou R$ 500.000.000,00 (muitos zeros à direita, por sinal). Essa grana dava para fazer dez mil casas das que o Lula disse que vai fazer. Cada uma a um preço médio de R$ 50 mil. Dez mil famílias longe das favelas, dez mil mães que diminuiriam muito o risco de verem seus dez mil filhos ― pelo menos ― serem aliciados pelo tráfico de drogas. São dez mil pais que poderiam ter a certeza de que suas casas não desabariam nas chuvas de verão e que não seriam vizinhos de valas negras.
Por que estou falando disso depois de três meses da inauguração do elefante cinza empacado no meio da Barra da Tijuca? Por que até agora não vi nada acontecer naquele local. Os músicos que conheço, que não são poucos, até agora não se manifestaram sobre sua suposta Meca. E o filhote do César, o bacharel Eduardo Paes declarou esta semana, com todas as letras, que aquilo tudo vai ficar do jeito que está.
César, macaqueando os imperadores dos quais é xará, quis deixar um monumento. Conseguiu! Contudo, será lembrado pelo culto ao desperdício, ao desrespeito com o dinheiro dos contribuintes e pela falta de senso estético, já que aquela construção é literalmente assustadora. Os primeiros versos de Desafinado são pouco conhecidos:
Quando eu vou cantar, você não deixa
E sempre vem a mesma queixa
Diz que eu desafino, que eu não sei cantar
Você é tão bonita, mas tua beleza também pode se enganar
A beleza não se enganou. César desafinou.
A beleza não se enganou. César desafinou.
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