Mal-Aventuranças
Pobre de quem confunde o amor com qualquer outra coisa.
Não sabe o que perde, porque não sabe o que procura
Tem a vida em meio recipiente e, quando tem, a emoção é morna
Faz força para acontecer o normal e não sorri à toa
Coitado de quem não se entregou a uma paixão
Vive na linha, obedecendo à regra do previsível
Tem tudo ensaiado para uma hora H que nunca chegará
Se esconde e não prova como a coisa de apaixonar é boa
Ai da pessoa que beija pensando em outra
Não se realiza e se impede de ser inteira
Vai de um lado para o outro, constrói coisas e junta para si
Mas não tapa o buraco onde o pensamento em ainda ressoa
Infeliz de quem deixa o tempo passar, a oportunidade escapar
A vida é uma só para no final se perguntar o que se fez do amor
Encontra o ocaso dos dias sem conhecer o tal amor, viver a tal paixão ou provar o tal beijo
Só vai se sentir que o tempo tem asas e rápido voa
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