Haiti? Quem?

O terremoto no Haiti destruiu não só o país, mas também revelou o não construído. Em situações limite, é possível observar o nível de estruturação das instituições de uma nação. No caso haitiano, ficou comprovado que não há estrutura. Parece que nem os haitianos gostam do Haiti.

Numa catástrofe dessas, um país deve ter o mínimo para prestar os primeiros socorros aos seus habitantes. É assim no Brasil, por exemplo. Temos organismos de defesa civil, contingente preparado para situações de salvamento, conhecimento tecnológico razoável e dinheiro para iniciar qualquer movimento de amparo aos cidadãos vitimados e recuperação dos locais atingidos. Já o Haiti provou ser um bando de gente (quase uma manada) cercado por fronteiras legais. Se era dependente da ajuda de outros países, agora precisa se tornar um país de fato.

Pela história que tem, o Haiti é uma espécie bandeirinha de movimentos negros e de esquerda. Conversa. O Haiti é um inconveniente que não tem ideologia. Ou melhor, um inconveniente de todas as ideologias. É um pedaço de uma ilha caribenha, que se mostrou ser também um pedaço do nada agora. Seus lideres além de corruptos, mostraram-se burros, por não deixar o mínimo para manter o povo amparado. E não pensem que o governo brasileiro está de bonzinho nessa história. Seu interesse ao comandar das forças de paz que ocupam o país não está em Porto Príncipe, mas sim em Nova York. Na cadeira permanente do Conselho de Segurança da ONU. De qualquer forma, as armas brasileiras têm desempenhado um bonito papel, inclusive pagando com vidas de seus soldados.

O Haiti não é aqui. Nem lá. Talvez, não devesse ser em lugar algum.

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