Palpite Infeliz
Era para ser um sábado chuvoso, daqueles que só nos restam a pizza por telefone, o shopping e o cineminha. Mas não foi nada disso, foi muito pior. Mais um episódio da guerra do tráfico, na modalidade bandido contra bandido, depois na modalidade bandido contra polícia. O epicentro da crise foi Vila Isabel.
A Vila é famosa por vários (bons) motivos. É o bairro de Noel Rosa, o Martinho é da Vila, tem uma tradição da boa vivência e tem uma escola de samba tradicional e campeã. A Vila é um daqueles bairros que são mais cariocas que outros. Não sei se por causa de seus botecos, suas pedras portuguesas na 28 de Setembro ou por causa dos tantos sambas feitos em homenagem ao bairro. Como toda a região da grande Tijuca, Vila Isabel é uma síntese carioca. Tem de tudo. Como ouvi de um paulista uma vez, é tudo misturado. Gosto da Vila, moro na Vila. Hoje a Vila sofreu um duro golpe. Ficou assustada, acuada, dentro de casa temendo o pior. Somos gente do bem, que gosta de passear pelas pequenas praças do bairro, do chope no Petisco, de andar com nossas crianças até a padaria da esquina. Essa é a Vila Isabel. Não a que apareceu em todas as TV, jornais e páginas da Internet.
O Rio de Janeiro sofre com o abuso do crime organizado, fruto de uma leniência começada no governo Leonel Brizola (que Deus não o tenha). Agora, qualquer ação de repressão corre o risco de ter uma reação nessas dimensões. Os traficantes conhecem as favelas melhor do que qualquer policial. Os moradores ficam acuados, divididos entre a opressão dos meliantes e a falta de presença do estado. A política de enfrentamento é muito criticada por aí. Mas não dá para tratar assassino com boque de flores. Não tem outro jeito, o vagabundo tem que ter medo da polícia. Isso não acontece hoje.
O Rio de Janeiro foi escolhido como sede das Olimpíadas 2016 há apenas duas semanas. Não adianta agourar, temos que torcer para que as coisas corram bem. Que as políticas de melhoria atinjam a cidade como um todo. Que combatamos o crime mais inteligentemente, que tenhamos perspectivas para os jovens que entregam suas vidas ao tráfico e que não nos transformemos num samba triste. O Rio agradece. A Vila agradece.
A Vila é famosa por vários (bons) motivos. É o bairro de Noel Rosa, o Martinho é da Vila, tem uma tradição da boa vivência e tem uma escola de samba tradicional e campeã. A Vila é um daqueles bairros que são mais cariocas que outros. Não sei se por causa de seus botecos, suas pedras portuguesas na 28 de Setembro ou por causa dos tantos sambas feitos em homenagem ao bairro. Como toda a região da grande Tijuca, Vila Isabel é uma síntese carioca. Tem de tudo. Como ouvi de um paulista uma vez, é tudo misturado. Gosto da Vila, moro na Vila. Hoje a Vila sofreu um duro golpe. Ficou assustada, acuada, dentro de casa temendo o pior. Somos gente do bem, que gosta de passear pelas pequenas praças do bairro, do chope no Petisco, de andar com nossas crianças até a padaria da esquina. Essa é a Vila Isabel. Não a que apareceu em todas as TV, jornais e páginas da Internet.
O Rio de Janeiro sofre com o abuso do crime organizado, fruto de uma leniência começada no governo Leonel Brizola (que Deus não o tenha). Agora, qualquer ação de repressão corre o risco de ter uma reação nessas dimensões. Os traficantes conhecem as favelas melhor do que qualquer policial. Os moradores ficam acuados, divididos entre a opressão dos meliantes e a falta de presença do estado. A política de enfrentamento é muito criticada por aí. Mas não dá para tratar assassino com boque de flores. Não tem outro jeito, o vagabundo tem que ter medo da polícia. Isso não acontece hoje.
O Rio de Janeiro foi escolhido como sede das Olimpíadas 2016 há apenas duas semanas. Não adianta agourar, temos que torcer para que as coisas corram bem. Que as políticas de melhoria atinjam a cidade como um todo. Que combatamos o crime mais inteligentemente, que tenhamos perspectivas para os jovens que entregam suas vidas ao tráfico e que não nos transformemos num samba triste. O Rio agradece. A Vila agradece.
É mano e o Lula se apresenta pronto para ajudar, como se o problema não fosse dele. Como é possível que drogas e armas cheguem ao Rio de Janeiro, quando o estado não faz fronteira com nenhum país, senão por causa do omisso (des)serviço da Polícia Federal?
ResponderExcluirSerá que alguém vê isso ou somos só eu e a Miriam Leitão no Bom Dia Brasil de hoje?