Ursinho Malvado.
O deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP), na semana passada teve um ataque de pelanca e quis tirar o filme "Ted" de circulação. Na história, Ted é um urso de pelúcia que representa aquele sujeito que não amadureceu e coloca seu "dono" em enrascadas. É uma alegoria, nada mais.Se personagem fosse representado por um sujeito de carne e osso, talvez o Protógenes não ficasse não contrariado. Segundo o araponga mais famoso do Brasil, a película faz apologia ao uso de drogas.
Duas coisas sobre o episódio sucupiresco do deputado tentando impedir a exibição do filme:
1) Protógenes mostra que não liga muito para regras e avisos. A classificação etária do filme é 16 anos. Ele levou o filho de 11 anos para assistir o filme. A Matemática diz que 15 - 11 = 5. Logo, faltariam 5 anos para o rebento do deputado-araponga assistir o filme de acordo com a recomendação oficial.
2) O abuso de poder dos representantes dos organismos oficiais ainda é uma constante no Brasil. Protógenes é policial (licenciado ou afastado?). E como tal, agiu na velha filosofia do "tege preso", ao fazer barulho e tentar impedir a exibição do filme nas salas de cinema. Culpou a janela pela paisagem exibida. Detalhe: Protógenes Jr. não deveria estar empoleirado nesta janela (vide item 1). Moral da história? O filme bombou.
Para a política brasileira, Protógenes é um nanico, apesar de típico. Veio na rede do arrastão de votos de Tiririca em São Paulo, que é resultado do sistema eleitoral brasileiro. Ser nanico não é sinônimo de não ser presunçoso, nem de achar que pode inclusive impedir a liberdade de expressão.
Ah, Se Dias Gomes estivesse vivo!
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