Olimpíadas: Cariocas vão ter que mudar


Para a presidente da Empresa Olímpica Municipal, população do Rio precisa colaborar para sucesso do megaevento


Sede da Olimpíada de 1992, Barcelona, na Espanha, é inspiração para o Rio em métodos de preparação da cidade para o grande evento de 2016. Os passos estão sendo seguidos, com grandes obras de mobilidade e revitalização. Mas, para a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, uma diferença entre os dois locais pode tornar a organização do megaevento aqui tarefa árdua: a educação dos cariocas nas ruas.

Antes dos Jogos de Barcelona, voluntários se empenharam na conservação dos lugares por onde passariam os turistas durante o evento, preservação das obras e boa recepção dos visitantes. “Foi uma grande mobilização popular”, destacou o ex-prefeito de Barcelona, Pasqual Maragall, que estava à frente da cidade espanhola durante a Olimpíada.

Ontem, no segundo seminário Conexão Rio-Barcelona, que reuniu o ex-prefeito catalão e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, Maria Silvia defendeu que trabalhar a conscientização popular no Rio é um grande desafio, principalmente para conservação e limpeza da cidade.

“Em Barcelona, não havia mazelas, como a preocupação com segurança e favelas. O nível de educação da população de lá é maior do que o nosso”, apontou Maria Silvia. Ela disse ainda que é preciso mudar radicalmente a atitude da população. “Não temos nem coleta seletiva. O ponto principal é o engajamento da população. Não adianta as pessoas acharem que a responsabilidade pela sujeira das ruas é só do poder público. Tem que mudar”, destacou ela.

O Dia
ANGÉLICA FERNANDES

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