Uma tarde.
Uma morna tarde banhada pelo mar.
Dourada pelo sol. Combina com as amêndoas preguiçosas dos seus olhos...
Amigos, algumas crianças. As nossas e as dos nossos.
Alguém que não se vê ha muito chega. Quem poderia imaginar?
Mas chegou. Trazido pela surpresa e pela celebração.
Gargalhadas filhas da brincadeira de velhos conhecidos.
Uma música antiga.
E eu lhe fito, espreito, observo. Você em trejeitos e intonações.
Seus gestos e roteiros. Cuidadosa, amorosa e um tanto dengosa.
Seu perfume, de um jeito que só eu percebo. Preciso e suave.
E você me olha, descobre-me em meu doce delito da admiração velada.
Era somente uma tarde de primavera. De tantas tardes que poderíamos viver.
Uma tarde boba, como qualquer uma. Dourada pelo sol.
Que combina com as amêndoas preguiçosas dos seus olhos...
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