Explicando Deus

Rotina de qualquer pai: responder a perguntas difíceis que os filhos fazem. Geralmente, encobertos por sua inocência, eles não têm a noção da profundidade dos questionamentos que nos apresentam.


Hoje, a pequena me faz a seguinte indagação:
"Papai, como Deus me ama seu eu não consigo vê-lo? Ele não me abraça como você faz, eu não sei se ele está aqui, ele não brinca comigo."


Eu não podia demorar na resposta. Uma criança de cinco anos me colocando diante de um questionamento que grande parte da humanidade se faz. Mas, justamente por sua pouca idade, adiar a resposta seria um erro enorme. "Filha, o amor de Deus não aparece da mesma forma que o amor do papai", disse eu. Continuei. "Deus criou um monte de coisas para mostrar esse amor. O sol que nos ilumina e nos faz aproveitar a praia, a piscina e as voltas de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas. A chuva que faz as plantas crescerem e refresca a terra quanto está muito calor. O trabalho que nos permite ter roupa, alimento, casa e conforto. A saúde para brincar, crescer, viajar e estar com as pessoas que amamos. O carinho de nossos amigos, pais e demais parentes. Todas essas coisas são maneiras que Deus usa para mostrar o seu amor por nós."


Ao terminar minha resposta. Percebia que acabara de receber uma prova de tal amor. A pergunta da pequena era mais que uma dúvida típica da infância. Era uma maneira que Deus se mostrou claro, vivo, presente na minha vida. Tão presente, que tornou fácil responder a uma menina de cinco anos a pergunta que muitos filósofos não conseguem responder até hoje.

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