Da série "Me engana, que eu gosto.": Rio, a cidade do esporte.
Sabe lenda urbana? Tem uma coisa que eu acho que está virando:
O Rio de Janeiro é uma cidade com vocação esportiva.
É mesmo?
No dia 06/09/2011, o site Bora Treinar divulgou uma nota oficial da Federação de Triathlon do Estado Rio de Janeiro, onde seu presidente informa, “com constrangimento e muita indignação”, o cancelamento da etapa de Aquathlon (uma modalidade de prova que engloba natação e corrida) do mês de setembro. A prova aconteceria no dia 25 do mesmo mês, sendo que seu agendamento estava confirmado e ratificado junto à Secretaria Municipal de Esporte e Lazer desde o início do ano. De repente, encima do laço, a sub-prefeitura da Zona Sul solicita à Federação que a data seja alterada por causa (pasmem) do Rock in Rio. Alegando que o fechamento de uma das pistas da orla de Copacabana poderia atrapalhar o evento, que acontece na Barra da Tijuca. A entidade esportiva deu como alternativa o dia 02 de outubro, mas as autoridades insistiram no mesmo argumento de que isso atrapalharia o festival de música na zona oeste da cidade. O dia 09 de outubro está comprometido com outro evento e no dia 16 outro evento esportivo acontecerá no Aterro do Flamengo. Será uma prova de Triathlon e muitos dos participantes do Aquathlon participam de provas de Triatlon.
No texto da mesma nota tem o relato das trapalhadas da Sub-Prefeitura da Zona Sul com o calendário de eventos na orla. Tanto que sugeriam uma nova data (18 de setembro). Mas (oh, céus!), depois se deram conta que haveria um evento religioso no local.
O despreparo e desconhecimento das pessoas que cuidam do esporte na cidade do Rio de Janeiro são enormes. Esse episódio deixou isso claro. Quem manda no órgão que deveria fomentar o esporte, não entende de esporte, de suas nuances, das suas tribos e seus costumes peculiares, dos locais mais apropriados para suas mais variadas práticas, das necessidades mínimas para se estimular a prática esportiva ampla e democrática. Isso é fazer gestão pública do esporte na cidade. E não decepar um calendário esportivo, em prol de um festival do outro lado da cidade. Tudo bem que o Rock in Rio traz (muito) dinheiro para a cidade. Mas tudo tem sua medida. A turma do Aquathlon iria fazer sua prova e, muito provavelmente, muita gente dali iria curtir o resto do domingo no festival. A prova não leva um dia inteiro. É coisa rápida. Só quem não vê isso é quem não entende de esportes. A Prefeitura deveria entregar a pasta para quem entende do riscado.
Temos que parar de nos enganar, antes que viremos uma baita fraude. O Rio não tem sido cidade do esporte coisa alguma. Se tem show de música, quem sofre é o pessoal do esporte. Se tem passeata gay, idem. Seremos sede de uma Olimpíada. Mas estamos mais para picadeiro. Adivinha quem são os palhaços.
O Rio de Janeiro é uma cidade com vocação esportiva.
É mesmo?
No dia 06/09/2011, o site Bora Treinar divulgou uma nota oficial da Federação de Triathlon do Estado Rio de Janeiro, onde seu presidente informa, “com constrangimento e muita indignação”, o cancelamento da etapa de Aquathlon (uma modalidade de prova que engloba natação e corrida) do mês de setembro. A prova aconteceria no dia 25 do mesmo mês, sendo que seu agendamento estava confirmado e ratificado junto à Secretaria Municipal de Esporte e Lazer desde o início do ano. De repente, encima do laço, a sub-prefeitura da Zona Sul solicita à Federação que a data seja alterada por causa (pasmem) do Rock in Rio. Alegando que o fechamento de uma das pistas da orla de Copacabana poderia atrapalhar o evento, que acontece na Barra da Tijuca. A entidade esportiva deu como alternativa o dia 02 de outubro, mas as autoridades insistiram no mesmo argumento de que isso atrapalharia o festival de música na zona oeste da cidade. O dia 09 de outubro está comprometido com outro evento e no dia 16 outro evento esportivo acontecerá no Aterro do Flamengo. Será uma prova de Triathlon e muitos dos participantes do Aquathlon participam de provas de Triatlon.
No texto da mesma nota tem o relato das trapalhadas da Sub-Prefeitura da Zona Sul com o calendário de eventos na orla. Tanto que sugeriam uma nova data (18 de setembro). Mas (oh, céus!), depois se deram conta que haveria um evento religioso no local.
O despreparo e desconhecimento das pessoas que cuidam do esporte na cidade do Rio de Janeiro são enormes. Esse episódio deixou isso claro. Quem manda no órgão que deveria fomentar o esporte, não entende de esporte, de suas nuances, das suas tribos e seus costumes peculiares, dos locais mais apropriados para suas mais variadas práticas, das necessidades mínimas para se estimular a prática esportiva ampla e democrática. Isso é fazer gestão pública do esporte na cidade. E não decepar um calendário esportivo, em prol de um festival do outro lado da cidade. Tudo bem que o Rock in Rio traz (muito) dinheiro para a cidade. Mas tudo tem sua medida. A turma do Aquathlon iria fazer sua prova e, muito provavelmente, muita gente dali iria curtir o resto do domingo no festival. A prova não leva um dia inteiro. É coisa rápida. Só quem não vê isso é quem não entende de esportes. A Prefeitura deveria entregar a pasta para quem entende do riscado.
Temos que parar de nos enganar, antes que viremos uma baita fraude. O Rio não tem sido cidade do esporte coisa alguma. Se tem show de música, quem sofre é o pessoal do esporte. Se tem passeata gay, idem. Seremos sede de uma Olimpíada. Mas estamos mais para picadeiro. Adivinha quem são os palhaços.
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