“Quem tem fome tem pressa.” Quem tem medo também.

Ontem, a famosa frase de Betinho veio à tona numa discussão na pós-graduação. Já sob os efeitos dos ataques dos traficantes à cidade, as pessoas começaram a refletir sobre a situação que aflige os fluminenses há quase trinta anos.

Vieram as perguntas sobre como os bandidos tiveram tanta facilidade e o que deve ser feito para solucionar o problema. A verdade é simples: tudo começou com o governo Brizola. Por motivos populistas e familiares, ele simplesmente ignorou o fato dos bandidos se esconderem nas favelas, fazendo os moradores (já tão sofridos) de escudos humanos e dando a contrapartida de ações que um estado ausente não lhes oferecia.

Com o passar do tempo, as coisas se agravaram, já que, além da omissão estatal, vieram os defensores dos (direitos humanos) bandidos e a capilaridade dos canais de distribuição das drogas. Artistas, descolados, playboys, hippies chiques e toda a sorte de gente tiveram acesso aos traficantes e às drogas com muita facilidade. Nos anos 90, um movimento fortíssimo de apologia à maconha ganhou voz, letra e ritmo. Era quase uma heresia, em certos meios, dizer que era contra as drogas e que o comprador é tão culpado quanto o vendedor. Vieram as ONGs que defendiam os bandidos como se defende órfãos de guerra. Além de creditar somente ao estado a escolha pela vida do crime. Importante: ser bandido é uma escolha pessoal.

Somado à inoperância do estado até 2007, existem dois erros que me incomodam demais: a cara-de-pau dos famosinhos, riquinhos e drogados que ficam reclamando da violência, mas que não vivem sem seu baseado e sua carreirinha e essas ONGs que ficam passando a mão na cabeça de vagabundo. Tanto os drogados como ONGs estão quietinhos agora. Suas “vitimas do sistema” estão tentando virar a cidade do avesso, queimando carros, ônibus e causando pânico nas pessoas.

A polícia está fazendo o seu papel. A população parece que acordou e viu que a única maneira de diminuir os índices de violência é agir duramente com os elementos violentos e ocupar os espaços que eles ocupam. O Rio, como sociedade, deve dar uma resposta. Chega! Aí vem o sentido do título do post. São necessárias ações que recobrem a cidadania e dignidade das pessoas? Sim. É necessário dar oportunidades aos jovens nas favelas? Sim. São todas ações urgentes? Tão urgentes quanto a necessidade de aplacar o medo dos cidadãos comuns e a audácia dos traficantes.

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