Um presente que dure.

Hoje é dia das crianças. Quem tem crianças por perto sabe do bombardeio que elas recebem nessa época. São propagandas e mais propagandas por minuto, estimulando o desejo de ter, comprar, usar e ostentar. É sabido também que os brinquedos estão cada vez mais instigantes, coloridos, interativos e (lógico) caros. Mas será que é isso mesmo que queremos para nossos pequenos?

Qual o presente que você vai dar (ou já deu hoje) para a criança que está perto? Eu faço um mea culpa, dei um presente que não é dos melhores. É de plástico e usa — ou melhor, desperdiça — água. Depois que a caixa foi aberta e o brinquedo montado, eu me dei conta. Está feito... Mas aí veio o questionamento. Se formos pensar nas respostas usuais, lembraríamos que amor, atenção e presença seriam os melhores presentes a se dar a uma criança. Contudo, para essa geração que vive no limite de uma nova fronteira ambiental, possam existir outros presentes tão importantes quanto. Educação ambiental, princípios de respeito ao próximo, à vida e aos recursos naturais são alguns deles.

Até bem pouco tempo, eu realmente achava que desenvolvimento e preservação do meio-ambiente eram incompatíveis. Mas, num pequeno trabalho da pós-graduação, eu tive um clique. As duas coisas são plenamente compatíveis, principalmente quando se estimula em conjunto a indústria de tecnologia intensiva e a preservação e a educação ambiental.

Fica então o desafio para todos nós. Presentear as crianças que estão perto de nós (filhos, afilhados, sobrinhos, filhos de amigos, netos, irmãos mais novos, etc.) com educação para um mundo melhor. Está tudo muito sujo: ruas, rios, praias, florestas urbanas, praças, mentes e corações. Não é isso que queremos deixar para nossos queridos. Seria um péssimo presente.

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