Desejamos. Sempre estamos buscando algo, seja conforto, dinheiro, poder, cura para as doenças do corpo e da alma, sossego, superação, paz, poder, satisfação, amor, reconhecimento, felicidade. Buscamos incessantemente. Incansavelmente. Parece que nossa existência se resume a isso. Na verdade, somos reflexo do que procuramos, do que não encontramos e até do que perdemos. Afinal, o que queremos de verdade? Será que não estamos sendo engolidos por buscarmos coisas impossíveis? Quando digo “impossível”, não me refiro se perseguimos algo inalcançável, mas ao fato de muitas vezes estarmos completamente ocupados em ter algo que não é o que realmente nos satisfará. Pior, podemos ter abandonado a busca no meio do caminho. O famoso “não tem tu, vai tu mesmo”. Um dia desses, uma grande amiga, em sua definição para a preguiça, disse: ”Preguiça é a pessoa se contentar em ser menos do que ela realmente pode ser.” Eu extrapolaria e diria que preguiça é a pessoa se contentar em ser, sentir, v