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Mostrando postagens de 2015

Acabou.

Sabe o que eu acho muito engraçado? A discussão que algumas pessoas tentam estimular nas redes sociais sobre a "mídia golpista". Estão esquecendo do principal: Estamos, talvez, na maior crise institucional e de valores do período pós ditadura militar. A crise é tão grande que justamente se defende os erros do presente com os do passado. “Fulano errou? Ah... Mas beltrano também errou e ninguém falou nada.” Parem as máquinas!! Como assim? O princípio básico de qualquer sociedade minimamente equânime e madura deve ser não a justificação dos erros atuais com os erros anteriores de outros, mas sim evitar os erros. Será que ninguém vê isso? Ou vê e não quer admitir. O sonho acabou, cara-pálida! Aceite isso. Seus heróis não morreram de overdose (o que já seria um desastre). Eles não morreram, estão saudáveis, ricos e com uma horda de ótimos advogados para defende-los nos tribunais, além de ótimos marqueteiros. Quem se dana é você, sou eu, é o país. Nossa econo

Humor

É simples: Ser minimamente bem humorado é uma das chaves que todo sujeito deve levar em seu chaveirinho da vida. Já temos problemas demais, crises demais, freios demais. Se não levarmos a vida com certa leveza e humor, já era.  Humor não é gaiatice. É uma questão de tom. Humor é o  cool jazz  dos comportamentos. É estar super atento, muitas vezes fingindo que não está nem aí. É a autocrítica sem autoflagelo. É fazer a namorada rir no cinema lotado ou lhe provocar aquela gargalhada gostosa ao ler o bilhete surpresa, que você deixou última página que ela leu no livro da vez. É energia! Uma das mais preciosas, diga-se. E como tal, tem o poder de atração ou repulsa. Humor atrai as melhores pessoas, os melhores sentimentos e as melhores situações na vida. E se junto do humor vier aquela pitada de elegância, o resultado é avassalador (no melhor dos sentidos).  Cultivemos e exercitemos o nosso humor. Façamos disso a jeito da vida e da alma. Usemos as chaves certas e joguemos fora as

"Da igreja"

Hoje ouvi algo muito preocupante. Alguém disse que, preferencialmente, mantinha em seu círculo de relacionamentos e amizade somente pessoas "da igreja". Eu retruquei, dizendo que isso não fazia sentido. Pois, vivemos cercado de pessoas com os mais diversos pensamentos e crenças. Meu interlocutor insistiu no argumento, alimentado a ideia de que restringia ao máximo essa possibilidade, inclusive nas amizades de sua filha. É reprovável, preconceituoso e muito distante do que o Cristo pregou e viveu. Ele era cercado de gente que não acreditava ou não entendia a sua mensagem. Ele impediu a execução por apedrejamento de uma mulher acusada de adultério, jantou na casa de um fiscal corrupto. Dentre seus amigos mais próximos, havia um traidor que o entregou à morte por um saco de dinheiro e um covarde que negou o ter conhecido. Jesus não tinha preconceito de origem, gênero ou condição social. Mostrou isso batendo um bom papo uma mulher, samaritana e bígama. Tocava em leprosos, qua

Sobre a Páscoa

A Páscoa é mudança de lugar. É não me conformar com o casuísmo que me cerca.  É levantar acampamento e sair de onde se está.  É não mais ficar num lugar que um dia me pareceu largo, mas que hoje me é sufocanfemente estreito.  É colocar o pé no Mar Vermelho, acreditando que ele vai se abrir.  É saber silenciar para ouvir os berros da alma. (Alexon Fernanades)