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Mostrando postagens de setembro, 2013

Aprendendo...

Que ansiedade não antecipa acontecimentos. Que arriscar é preciso. Que saber esperar também é. Que se apaixonar rejuvenesce. Que se conformar envelhece. Que elogios podem ser sinceros. Que ter dinheiro importante, mas nem de longe é ter sucesso. Que a benção nasce no fato de ser agradecido. Que o amor pode não ser correspondido. Que o amor pode ser reprimido. Que o amor pode confundir e ser confundido. Que o amor, mesmo assim, é essencial. Que sorrir é mais barato e mais eficiente que qualquer creme dermatológico. Que fazer quarenta anos não dói. Que fazer tatuagens, isso sim, dói. Que parar de aprender é se atrofiar por dentro. Que as mudanças mais significativas começam dentro de nós mesmos. Que os filhos devem ser tratados como dádivas de Deus. Que os melhores presentes nunca são comprados em lojas. Que depois do final tudo é começo.

Romance versus Casamento

O casamento romântico parece ter virado uma utopia abandonada. Ruim duas vezes. Por ser utopia e por se abandonada.  O casamento (leia-se vida de dois que decidem seguir juntos) é uma tarefa difícil. Mas que pode ser muito melhor, se rolar romance e não troca de favores em que se transformou, em muitos casos. Ele dá papo e ela dá sexo. Ele põe dinheiro em casa e ela mantém as coisas em ordem.  Isso é muito confuso e perigoso. As coisas mudaram e tem muita mulher ganhando mais que seus maridos e muito homem que quer ser ouvido e precisando de colo.  Casamento tem princípios, não regras. E o romance deveria ser um princípio que servisse para amenizar as diferenças. Não se casa sem namorar, não se namora sem romance. Com exceção dos (e das, principalmente) masoquistas, namoro é um pudim de romance. São flores, bilhetes, viagens, presentinhos, carinhos expontâneos. Vem o casamento, a rotina, as contas, os filhos e o romance some.  Eu pergunto: Quando a correria acabar (se

Poemas Escondidos

Faço poemas escondidos Quase em segredo de estado Minha desobediência civil Conto de um amor perdido De um coração machucado E dela que se foi num abril Não os mostro a ninguém É coisa minha falar desse alguém É culpa minha, nada além Essa vontade que vai e vem... Tenho poemos escondidos Histórias de um amor perdido Amor que poderia não ter sido Aí não seria amor,  Seria em vão tempo vivido.

Uma tarde.

Uma morna tarde banhada pelo mar. Dourada pelo sol.  Combina com as amêndoas preguiçosas dos seus olhos... Amigos, algumas crianças. A s nossas e as dos nossos. Alguém que não se vê ha muito chega. Quem poderia imaginar?  Mas chegou. Trazido pela surpresa e pela celebração. Gargalhadas filhas da brincadeira de velhos conhecidos.  Uma música antiga. E eu lhe fito, espreito, observo. Você em trejeitos e intonações. Seus gestos e roteiros. Cuidadosa, amorosa e um tanto dengosa.  Seu perfume, de um jeito que só eu percebo. Preciso e suave. E você me olha, descobre-me em meu doce delito da admiração velada. Era somente uma tarde de primavera. De tantas tardes que poderíamos viver. Uma tarde boba, como qualquer uma.  Dourada pelo sol.  Que combina  com as amêndoas preguiçosas dos seus olhos...

Manifesto da Recusa

Eu recuso o que aí está. No modelo de vida que anda se espalhando. Eu recuso o discurso de que a felicidade vem pelo que se tem e não pelo que se é.  Eu recuso o fato de pessoas se casarem somente por medo de ficarem sozinhas, bem como os casais que permanecem juntos somente por comodidade.  Eu recuso o medo de mudar, de arriscar, de ceder, de transgredir, de protestar, de revolucionar e de se apaixonar.  Eu recuso a falta de educação, a falta de "por favor" e de "obrigado". Eu recuso a ditadura das capas de revistas, que deixa esquálidas mulheres de formosas curvas e assassina a autoestima de outras tantas, só porque estas não se enquadram no padrão imposto.  Eu me recuso esquecer a diferença entre o que é normal e o que é comum.  Eu recuso a nova ideia de que honestidade é qualidade. Honestidade é uma característica que deve ser natural a todos.  Eu recuso qualquer tentativa de me impedir de mudar de opinião. 

Flores

Trago-te flores Variadas e suaves cores Frescos odores  De amores e algumas dores Flores de primavera  Para lembrar do tempo que era E te fazer sorrir para tempo que vem Talvez um grande bem... Isso as flores trazem também.  Trago-te as flores que escolhi Entre sentimentos que colhi  Quando te vi andar, querer, viver  Trago-te flores  Elas dizem o que por hora não sei dizer.

Homem apressado

Trabalhava e ganhava Vivia cansado  A prole, a mulher, amigos Dilemas conhecidos Cinema, mãos dadas  com a amada Nunca mais O moleque cresce Não o conhece  Nunca mais Sem celular, nunca mais Morreu, escafedeu  A vida boa que adiou não conheceu 

Em setembro

Encontra comigo em setembro Num dia que já não lembro Mas não importa  Desde que a porta esteja aberta Da tua vida, de teus dias Que a lida seja nossa  Que mesma seja a bossa Casa comigo numa tarde  suave e florida de setembro  Morna e solar Naquele lugar  de onde se vê o mar Chama quem tiver de estar Que venham testemunhar Como é lindo contigo em setembro ficar

Duzentos anos

Quero viver muito cento e cinqüenta De morrer cedo morro de medo Vou escrevendo... Posso duzentos viver se alguém insistir me ler