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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Taxa de serviço

Já disse antes: o Rio não pode errar. Ter sido escolhida sede das Olimpíadas de 2016 e ser, muito provavelmente, o palco da final da Copa de 2014 faz da cidade mais vitrine que nunca. Já tivemos alguns exemplos disso. O faturamento com turismo no verão chegou a quase R$ 1 bilhão. Reflexo do que a perspectiva de um evento mundial pode nos trazer de bom. Mas temos ainda um longo caminho. Além de aprender a não sujar as ruas e mantê-las limpas, é preciso resolver o caso de mendigos e pedintes, organizar os transportes e aumentar a sensação de segurança da população. Entretanto, se existe algo que estamos a anos-luz de melhorar, é o atendimento nos serviços oferecidos na cidade. No Rio, a gente tem que conviver com uma sensação de que os prestadores de serviço não estão nem aí em nos atender e nos tratar bem. É só reparar como os cobradores e motoristas de ônibus, bilheteiros de trens e metrô e muitos taxistas tratam que utiliza estes serviços. Os garçons merecem um comentário especial: at

Sol na Terra

Carnaval ensolarado. Na verdade, uma chance de aproveitar o Rio de Janeiro sem o trânsito fustigante sob o calor senegalês que nos ataca nos últimos tempos. A lagoa Rodrigo de Freitas pouco freqüentada, fácil achar uma vaga. Ela anda no carrinho elétrico conduzido pela prima, é alegria. Depois tem a cama elástica, gargalhada farta aos pulos e tombos macios. Chora ao se despedir da prima (a qual chama de irmã), dorme exausta... Dia seguinte, praia. A areia branca e quente da Barra da Tijuca é arrefecida pela tradicional água gelada. Para ela não existe a menor diferença, é tudo diversão pura. Aponta e diz: “Quero ir lá! Na água.” Pula as ondas, descobre as pequenas conchas, fica intrigada com as pegadas apagadas pelas marolas. Cabelos de ouro enrolados brilham ao reflexo de seu sorriso largo. Ela é luz, é sol. Meu sol na terra. Deveria ser sempre assim. Mas tudo se acaba na quarta-feira.

Maconha Ltda.

Antes de qualquer coisa, quero declarar que sou contras as drogas. Mais que isso, sou contras a hipocrisia das classes média e alta, que são os maiores consumidores de drogas no Brasil e depois ficam chorando carambolas aos ter seus filhos entregues ao bel prazer dos traficantes ou mortos pelas overdoses ou pelas balas perdidas. Sou a favor da prisão de quem cultiva, processa, distribui, compra e consome. Para mim, são todos elos nesta corrente nefasta. Na Revista do jornal O Globo de domingo, 07 de fevereiro de 2010, a reportagem da capa (Causa Própria) fala sobre a nova moda entre os maconheiros: cultivar em casa a própria maconha. O personagem principal é um marmanjo de 34 anos, que mora com a mãe em Copacabana e planta canabis no banheiro da suíte. O sujeito é emblemático. Bem nascido, mora em bairro nobre, estudou na Escola Corcovado e ainda deu a entender que alguns de seus coleguinhas de sala de aula freqüentavam também a de boca de fumo. Seu projeto é uma loja especializada em