Há vezes... Que dá vontade de te mostrar tudo. Meu mundo, minhas coisas, meus livros, meus discos prediletos. De te levar nos meus lugares, de andar de bicicleta ao por do sol. De dividir a coberta, a pipoca, o petisco. De multiplicar as opções, ao somar as minhas e as suas. Há vezes... Que quero ir atrás de você, só para ver teu sorriso. Roubar uma gargalhada tua e te devolvê-la em abraço. Que quero te contar uma história interessante, um fato antigo. Só para passar mais tempo contigo. Mas eu fico aqui, contido. Ando tímido... Há vezes... Que nem durmo, que me consumo pensando como seria. Ser teu um dia. Ah, como eu queria! Aí eu escrevo. Eu reecrevo meu roteiro, meu jeito de te revelar. De te contar, provar. Quem sabe, te dobrar e te conquistar. De uma vez por todas. Há vezes... Que penso nessa vez, em que meu medo vai acabar. O medo de novamente amar, de me machucar. Tantas vezes... Chegará um vez. Depois dessas vezes. Bem poderi