Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2013

Novo ano novo.

Era fim de ano. E ele sempre fazia votos, todos finais de ano. De que mudaria a vida, de que emagreceria, de que se alimentaria melhor. De que mudaria de emprego, para algo que o fizesse feliz. Arrumou algumas gavetas. Encontrou fotos antigas de amigos dos tempos da faculdade de Economia. Com alguns ainda tinha contato raro, já outros eram somente uma lembrança da foto amarelada que registrara um momento feliz de qualquer um daqueles anos agitados. Achou também bilhetes de passagens aéreas, postais, contas vencidas e até um cartão de aniversário de uma ex-namorada. Rasgou algumas coisas, outras guardou em uma pasta dessas de papelão. Etiquetou: Fotos e lembranças. O telefone tocou. Era sua mãe, perguntando se ele iria no almoço de final de ano. “Seu pai está doente. Vai gostar de ver você”, ressaltava ela. A doença do pai era algo que lhe incomodava. O homem ativo e audacioso de outrora, agora era um velho fraco e dependente. Não gostava de ver seu pai, um verdadeiro herói da sua

Somos todos tricolores.

Reclamou-se dos voos com o avião da FAB de Renan Calheiros. Reclamou-se dos cabides de empregos no Senado no armário de José Sarney.  Reclamou-se da banheira de hidromassagem de Benedita da Silva no apartamento funcional em Brasília. Reclamou-se do helicóptero de Sérgio Cabral.  Mas a sociedade brasileira é reflexo disso tudo. Cada um quer seu passeio no avião da FAB, sua banheira de hidromassagem ou seu helicóptero. Afinal, são prerrogativas e privilégios do cargo. Em tese, não há lei que proíba um governador de andar de helicóptero. Ele pode alegar fatores relacionados à segurança, velocidade de deslocamento e até de privacidade estratégica. Todos motivos, digamos, legítimos. Renan Calheiros, ao ser perguntado se pagaria por seus vôos nos aviões da FAB foi taxativo: "De jeito nenhum. Sou um senador e chefe do Legislativo." Moralidade e legitimidade se enfrentam no campo da Justiça. O STJD nos mostrou isso, ao julgar o "caso Portugesa". Mostrou o reflexo d

Acordava

Era dia claro Ali, tão caro e tão fácil  Era a rua, era a gente  Era verão e sol quente Era o mar. "Tanto mar, pra quê?" Para mergulhar, banhar  Minh'alma lavar Era tanta coisa boa Risada à toa, gritaria de crianças Nova esperança batendo na porta Isso que importa A alegria por nada a esperar Surpresa, bem-vinda.  Pode chegar. 

Descanse, Madiba. Descanse...

Madiba se foi. O maior líder que eu vi. Ou que, pelo menos, viveu no mesmo espaço de tempo em que eu tenho vivido. Morre um homem, fica o seu exemplo. Morre um líder, permanece o seu legado. O mundo fica mais pobre e mais escasso de nobreza sem Nelson Mandela.  Descanse em paz, Madiba. Que Deus lhe receba com festa no céu.