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Mostrando postagens de novembro, 2010

“Quem tem fome tem pressa.” Quem tem medo também.

Ontem, a famosa frase de Betinho veio à tona numa discussão na pós-graduação. Já sob os efeitos dos ataques dos traficantes à cidade, as pessoas começaram a refletir sobre a situação que aflige os fluminenses há quase trinta anos. Vieram as perguntas sobre como os bandidos tiveram tanta facilidade e o que deve ser feito para solucionar o problema. A verdade é simples: tudo começou com o governo Brizola. Por motivos populistas e familiares, ele simplesmente ignorou o fato dos bandidos se esconderem nas favelas, fazendo os moradores (já tão sofridos) de escudos humanos e dando a contrapartida de ações que um estado ausente não lhes oferecia. Com o passar do tempo, as coisas se agravaram, já que, além da omissão estatal, vieram os defensores dos (direitos humanos) bandidos e a capilaridade dos canais de distribuição das drogas. Artistas, descolados, playboys, hippies chiques e toda a sorte de gente tiveram acesso aos traficantes e às drogas com muita facilidade. Nos anos 90, um movimento

O que o Brasil vai ser quando crescer? E outras perguntas.

Década de 1970. Brasil e Coréia do Sul são detentores do mesmo IDH* (Índice de Desenvolvimento Humano). Trinta anos depois, a Coréia do Sul tem um dos melhores índices de qualidade de vida, é uma economia de grande porte e seu povo tem um alto grau de educação e renda. O Brasil consome vorazmente produtos eletrônicos e carros (eles já são 25% da frota licenciada em 2010), ainda padece com uma desigualdade social enorme, muito concentração de renda, violência e pobreza. O que aconteceu neste período para que os dois países se tornassem tão diferentes? Alguém pode dizer: a Coréia do Sul é minúscula perto do Brasil e tem muito menos gente lá para se melhorar a vida. Eu responderia: mas o Brasil tem uma infinidade de possibilidades, espaço e posição logística estratégica e não temos um vizinho nos apontando armas. Temos muito mais vantagem que a Coréia. Falta-nos na verdade um projeto de país. Um projeto consistente, respeitado por todas as correntes políticas e governos. Um alvo, uma met