“Quem tem fome tem pressa.” Quem tem medo também.
Ontem, a famosa frase de Betinho veio à tona numa discussão na pós-graduação. Já sob os efeitos dos ataques dos traficantes à cidade, as pessoas começaram a refletir sobre a situação que aflige os fluminenses há quase trinta anos. Vieram as perguntas sobre como os bandidos tiveram tanta facilidade e o que deve ser feito para solucionar o problema. A verdade é simples: tudo começou com o governo Brizola. Por motivos populistas e familiares, ele simplesmente ignorou o fato dos bandidos se esconderem nas favelas, fazendo os moradores (já tão sofridos) de escudos humanos e dando a contrapartida de ações que um estado ausente não lhes oferecia. Com o passar do tempo, as coisas se agravaram, já que, além da omissão estatal, vieram os defensores dos (direitos humanos) bandidos e a capilaridade dos canais de distribuição das drogas. Artistas, descolados, playboys, hippies chiques e toda a sorte de gente tiveram acesso aos traficantes e às drogas com muita facilidade. Nos anos 90, um movimento