A pior parte do corpo é o umbigo.
Eis que entra no ar a famigerada série “O sexo e as Negas”, de Miguel Falabella, exibida pela TV Globo. Uma das mais descaradas, cretinas e repulsivas caracterizações da mulher negra na televisão brasileira. Quiçá a pior de todas. Quatro mulheres negras que simplesmente resolvem seus problemas com... sexo. Descartando a disfarçada apologia às drogas e ao tráfico (através dos funks “proibidões” na trilha sonora), o que se vê é um esculacho da figura da mulher negra comum (leia-se classes mais pobres, moradora de bairros tão pobres quanto). Vindo de Falabella, nada me surpreende. Ele é dado ao escracho, uma espécie de escracho-chique, uma linguagem com tom mais alto, geralmente interpretada por atores brancos, com linguagem popular, misturando termos da norma culta com erros (propositais) de concordância, geralmente depreciando o pobre, o preto, o aleijado, o gordo, o feio e o gay com baixo poder aquisitivo (a bicha pobre). Nunca o biótipo de quem interpreta a esquete, o alvo é semp