A beleza também vive nos movimentos. Isso. Quem nunca achou a beleza nos movimentos de alguém? No andar, no gesticular, ou em tantos pequenos trejeitos que nos encantam e nunca mais saem da nossa memória. Como se o movimento eternizasse aquela pessoa. E, dependendo do nível de convivência, essa beleza se expressa nos momentos mais inusitados. É o jeito de folhear as páginas de um livro, de escolher as roupas no armário, ou até de dirigir o carro. Eu lembro de como era bela a rotina da hora de almoçar de alguém que viveu muito íntima a mim. Como ela carregava a bandeja, como manuseava talheres e decidia o que comeria primeiro. A minha comida esfriava por causa do meu namoro aos movimentos dela. A beleza se eterniza em movimentos? Pode ser... O encantamento e a admiração se expressam até em movimentos. Até porque os movimentos, em tese, são expontâneos e por isso são a genuínos. É isso que nos amarra a alguém. O que ela é por si só. (Alexon Fernandes)