Bulling uma ova.
Eu não escrevi sobre o massacre de Realengo por dois motivos: porque estaria fazendo o que todo mundo faz (o que colide com a filosofia deste blog) e porque depois de certo distanciamento temporal, as idéias ficam mais claras. Agora, talvez com mais clareza, eu possa dividir ―ou multiplicar, no caso da Internet ― o que ficou para dessa história toda. Pouco ou quase nada se discute sobre a formação de uma mente doentia do assassino, nem se questiona as condições em que ele foi criado, como sua personalidade foi formada, o porquê da escola não ter percebido possíveis problemas e não ter dado a orientação aos responsáveis do (então) garoto. Contudo, vimos e vemos uma onda crescente de mesas redondas, debates, programas de televisão, reportagens de jornais e revistas falando sobre o bulling . O bulling virou o vilão, o culpado, a mola propulsora para desvarios e assassinatos em série. Devagar com o andor, minha gente. Eu sofri bulling . E não foi na escola, não. Foi na igreja (batista) me