Etiquetas na testa
Na última quarta-feira, participei de uma atividade que discutia sobre rótulos. Era basicamente assim: colocava-se uma etiqueta na testa das pessoas com uma característica que poderia ser ou não condizente com ela. As demais pessoas deveriam tratar umas as outras de acordo com o que estava escrito na etiqueta. Notadamente, algumas pessoas portaram etiquetas (e, conseqüentemente, rótulos de personalidade) muito diferentes do que realmente eram. Isso gerou uma discussão muito rica. Contudo, fica sempre a reflexão que fazemos sozinhos depois que a atividade acaba. Eu, por exemplo, fiquei pensando nos rótulos que me foram impostos e nos que eu mesmo os impus a mim. Rótulo é uma síntese, uma redução — e como tal corre o risco de ser erronia. Rotulamos as pessoas ou grupos sociais e, via de regra, não damos espaço para alterações destes rótulos ou para a agregação de outras características. Depois de rotularmos, esperamos um comportamento e um estereótipo determinado. Assim, o rotulado é ac